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Von der Leyen: Morte de Schäuble é grande perda para Alemanha e Europa

Presidente da Comissão Europeia diz que Schäuble moldou a democracia alemã como nenhum outro político. com os seus atos e o seu exemplo. "Pensou sempre em grande e com visão de futuro", afirmou.

Devido à bazuca europeia, Comissão Europeia será chamada a pagar cerca de 15 mil milhões por ano a partir de 2027.
Yves Herman/Reuters
Lusa 27 de Dezembro de 2023 às 12:04
A presidente da Comissão Europeia disse, esta quarta-feira, que a morte do antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble é "uma grande perda para a Alemanha e para a Europa", destacando o seu contributo para a democracia alemã.

"A morte de Wolfgang Schäuble é uma grande perda para a Alemanha e para a Europa. Com os seus atos e o seu exemplo, moldou a democracia alemã como nenhum outro. Pensou sempre em grande e com visão de futuro", reagiu Ursula von der Leyen, numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

"Não foram apenas o seu intelecto e a sua disciplina (...) que se destacaram, mas também o seu profundo respeito pelo discurso democrático e a sua capacidade de abraçar sempre novas ideias", realçou a também responsável política alemã filiada na União Democrata-Cristã (CDU), como Wolfgang Schäuble.

A líder do executivo comunitário frisou ainda: "Sentirei falta dos seus sábios conselhos".

O antigo ministro das Finanças alemão Wolfgang Schäuble morreu na terça-feira à noite, aos 81 anos, informou a sua família à agência noticiosa alemã dpa.

Wolfgang Schäuble, que ajudou a negociar a reunificação alemã em 1990, foi uma figura central no esforço pesado de austeridade para tirar a Europa da sua crise da dívida mais de duas décadas depois.

Wolfgang Schäuble tornou-se ministro das Finanças da chanceler Angela Merkel em outubro de 2009, pouco antes das revelações sobre o crescente défice orçamental da Grécia desencadearem a crise que envolveu o continente europeu e ameaçou desestabilizar a ordem financeira mundial.

Apoiante de longa data de uma maior unidade europeia, ajudou a liderar um esforço de anos que visava uma integração mais profunda e um conjunto de regras mais rigoroso. Contudo, a Alemanha foi alvo de críticas pela sua ênfase na austeridade e pela aparente falta de generosidade.

Depois de oito anos como ministro das Finanças, Schäuble consolidou o seu estatuto de estadista mais velho ao tornar-se presidente do parlamento alemão - o último passo numa longa carreira política na linha da frente.
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