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Morreu o escritor norte-americano Cormac McCarthy aos 89 anos

Cormac McCarthy nasceu no estado norte-americano de Rhode Island, em 20 de julho 1933, tendo estudado na Universidade de Tennessee, que acabou por deixar para entrar na Força Aérea.

DR
13 de Junho de 2023 às 22:47
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O escritor norte-americano Cormac McCarthy, autor de "Este país não é para velhos", entre outros, morreu esta terça-feira aos 89 anos, em casa em Santa Fé, no estado norte-americano do Novo México, anunciou o grupo editorial Penguin Random House.

O escritor, conhecido por romances apocalípticos e 'western', como "A Estrada", "Meridiano de Sangue" e "Este país não é para velhos", morreu de "causas naturais", de acordo com o grupo editorial Penguin Random House, num comunicado que está a ser citado por vários órgãos de comunicação social internacionais, como a BBC ou o El Pais.

Cormac McCarthy nasceu no estado norte-americano de Rhode Island, em 20 de julho 1933, tendo estudado na Universidade de Tennessee, que acabou por deixar para entrar na Força Aérea.

Publicou o primeiro romance, "O Guarda do Pomar", em 1965. Seguindo-se "Nas Trevas Exteriores" (1968) e "Filho de Deus" (1973).

O The New York Times recorda que as personagens de Cormac McCarthy eram "'outsiders', como ele", que "viveu tranquilamente e de forma determinada à margem do 'mainstream' literário", tendo concedido "apenas um punhado de entrevistas".

Cormac McCarthy ganhou o Prémio Pulitzer em 2007 com "A Estrada", que esteve na base do filme com o mesmo nome, realizado por John Hillcoat e protagonizado por Viggo Mortensen.

O escritor foi ainda distinguido com outros prémios, como o National Book Award, em 1992, e o National Book Critics Circle Award pelo romance "Belos Cavalos".

"Este país não é para velhos" foi adaptado ao cinema pelos irmãos Coen e venceu o Óscar de melhor filme em 2008.

Os livros de Cormac McCarthy são publicados em Portugal pela Relógio d'Água, tendo os primeiros chegado às livrarias com o selo da antiga Teorema.

Entre os livros de Cormac McCarthy traduzidos para português estão também "A Travessia", "Cidades da Planície" e "O Conselheiro".

A Relógio d'Água publicou no ano passado "O Passageiro" e "Stella Maris", que romperam um silêncio de 16 anos do escritor norte-americano.

Os dois romances, sobre um irmão e uma irmã, estão interligados e foram publicados nos Estados Unidos com um mês de intervalo.

"O Passageiro" é um romance sobre "moralidade e ciência" e "o legado do pecado", que Cormac McCarthy terá começado a escrever há décadas, enquanto "Stella Maris" é uma prequela de "O Passageiro", passada oito anos antes.

A história de "O Passageiro" segue os irmãos, Bobby e Alicia Western, que "são atormentados pelo legado do seu pai, um físico que ajudou a desenvolver a bomba atómica, e pelo amor e obsessão de um pelo outro", escreveu o The New York Times.

"Stella Maris" assinala a estreia de McCarthy com uma protagonista feminina. O romance, de 200 páginas, segue a irmã de Bobby, Alicia, "um prodígio na matemática cujo intelecto assusta as pessoas e cujas alucinações tomam a forma de personagens, com as suas próprias vozes".

"Há 50 anos que planeio escrever sobre uma mulher. Nunca serei suficientemente competente para o fazer, mas a dada altura é preciso tentar", afirmou o escritor em 2009, numa entrevista ao Wall Street Journal.

McCarthy há muito que era fascinado por disciplinas científicas, e rodeou-se de especialistas em física teórica e matemática no Instituto de Santa Fé, um instituto de investigação onde era curador e ao qual estava ligado há décadas.

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