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Morreu ex-ministro da Defesa Júlio Castro Caldas

O ex-ministro de António Guterres morreu em Lisboa aos 76 anos.

Negócios 04 de Janeiro de 2020 às 12:48
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O advogado Júlio Castro Caldas morreu hoje aos 76 anos, avançou a TSF. Castro Caldas "morreu esta manhã" e ainda não são conhecidos detalhes sobre as exéquias fúnebres, indicou à Lusa fonte oficial da Ordem dos Advogados.

Castro Caldas foi ministro da Defesa no segundo Governo de António Guterres entre 1999 e 2001 e bastonário da Ordem dos Advogados portugueses em dois mandatos, de 1993 a 1999.

Antes de ser ministro, Júlio Castro Caldas já tinha sido deputado no parlamento entre 1980 e 1983, após ter sido eleito pelo PSD no círculo eleitoral de Viana do Castelo.

O antigo governante foi um dos sócios fundados da CLA - Advogados e ainda, no âmbito da advocacia, presidente da Federation dês Barreaux d’Europe (1997-1999), vogal-tesoureiro do Conselho Geral da Ordem dos Advogados (1983/1985) e vogal do Conselho Distrital da Ordem dos Advogados (1977/1980).

Entre novembro de 2001 e 2012, Castro Caldas desempenhou funções como vogal do Conselho Superior do Ministério Público.

O ex-ministro da Defesa, que se licenciou em direito pela Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa, fundou também a associação SEDES e a Sociedade Portuguesa de Arbitragem.

Paralelamente, foi membro da Associação portuguesa de Recursos Hídricos e membro da AIDA Portugal – Secção Portuguesa da Associação Internacional do Direito dos Seguros.


Menezes Leitão, o Bastonário eleito dos advogados, considera que a classe profissional fica mais pobre, recordando à TSF a boa disposição do antigo ministro e a dedicação que tinha à terra natal, Arcos de Valdevez.

Reações

O Presidente da República apresentou "os mais sinceros sentimentos à família" de Júlio Castro Caldas, recordandoo como "fundador da Sedes, deputado da Aliança Democrática entre 1980 e 1983 e um histórico do PSD, com grande atividade política logo entre 25 de abril de 1974 e 25 novembro de 1975, aproximou-se mais tarde do PS, tendo sido ministro da Defesa Nacional de António Guterres; enquanto Bastonário da Ordem dos Advogados destacou-se também aí pela defesa da liberdade e da democracia".

"Ao lembrar a antiga amizade, o Presidente da República presta-lhe sentida homenagem", conclui o texto colocado no site da Presidência da República.

Já António Costa, primeiro-ministro e secretário-geral do PS, destacou Júlio Castro Caldas como um "homem muito generoso" e "sempre dedicado e empenhado politicamente", notando que "deixa uma enorme saudade".

"Foi um grande profissional, um homem muito generoso, sempre dedicado e empenhado politicamente", nomeadamente enquanto ministro da Defesa do Governo de António Guterres", afirmou António Costa no Porto, em declarações aos jornalistas à entrada da reunião da Comissão Nacional socialista.

O líder socialista referiu ainda que Castro Caldas foi seu "patrono" na advocacia. "Era uma pessoa por quem eu tinha grande admiração", observou o primeiro-ministro.

O ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, descreveu Castro Caldas como um "homem brilhante, sempre defensor do interesse público".

"Lamento profundamente o falecimento de Júlio Castro Caldas, antigo ministro da defesa. Tive o privilégio de trabalhar com ele enquanto representante do Estado português na OGMA [Indústria Aeronáutica de Portugal]", disse Gomes Cravinho, numa publicação na rede social Twitter.

O presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, destacou o "enorme intelecto, vasta cultura e afabilidade do trato" do antigo ministro da Defesa e ex-deputado Júlio Castro Caldas, apresentando as condolências à família e aos amigos pela sua morte.

"E´ com enorme consternação que tomo conhecimento do falecimento, aos 76 anos, de Júlio Castro Caldas, antigo ministro da Defesa do XIV Governo Constitucional, liderado por António Guterres, e deputado, entre 1979 e 1983, eleito pelo PSD no círculo eleitoral de Viana do Castelo", pode ler-se numa mensagem de pesar de Ferro Rodrigues, enviada à agência Lusa.

Do convívio ao longo dos anos, quer como colega de Governo, quer como deputado, o presidente da Assembleia da República destaca o "enorme intelecto e vasta cultura, mas também a afabilidade do trato" de Castro Caldas.

"Em meu nome e em nome da Assembleia da República, endereço a` sua família e amigos as mais sentidas condolências", afirma.



(Notícia atualizada com mais informações às 13h00 e com reações às 16h00)

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