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MNE francês substitui Breton como candidato a comissário europeu

Na mesma manhã em que Breton abandonou a corrida a comissário europeu do Mercado Interno, Emmanuel Macron apontou Stéphane Séjourné como substituto. Troca de nomes pode atrasar apresentação da equipa de Ursula Von der Leyen.

Reuters.
16 de Setembro de 2024 às 12:06
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Emmanuel Macron nomeou o atual ministro da Europa e Negócios Estrangeiros francês como substituto de Thierry Breton, após a saída abrupta do candidato a comissário europeu desta manhã. 

O Palácio de Eliseu emitiu um comunicado avançando o nome de Stéphane Séjourné na corrida ao braço executivo do bloco europeu, justificando a escolha com "o seu compromisso com a Europa" que "vai permitir apoiar totalmente uma agenda soberana". 

É o mais jovem ministro dos Negócios Estrangeiros na era moderna francesa. Com 39 anos, Séjourné é um aliado próximo do Presidente francês há vários anos. Há uma década trabalharam lado a lado no Ministério das Finanças e, em 2017, o agora candidato desempenhou um papel central na primeira campanha eleitoral de Macron, como representante do partido de esquerda-centro do então novo partido. 

No parlamento europeu desde 2019, é conhecido como a peça-chave de Macron em Bruxelas. Dois anos mais tarde tornou-se o líder do grupo Renew, antes de assumir o comando do partido Renaissance, de Macron, em 2022.

No mesmo comunicado, o gabinete do presidente francês agradeceu a Breton pela "grande contribuição para o avanço de uma política de soberania europeia nos campos da tecnologia digital". 

Saída repentina atrasa Von der Leyen

Com a troca de nomes, Ursula von der Leyen, que está prestes a começar o novo mandato de cinco anos, provavelmente terá de adiar o arranque agendado para o primeiro dia de novembro, de acordo com a Bloomberg.

Esperava-se que Von der Leyen apresentasse a sua equipa esta terça-feira, 17 de setembro, em Estrasburgo, mas os atrasos já eram previstos, depois de apelar à escolha de candidatos "com equilíbrio de género" - ou seja, mais mulheres.

A saída de Breton também pode complicar ainda mais os planos para impulsionar a competitividade da União Europeia, já que o francês era responsável pela pasta que cobria a política industrial do bloco, assim como era um defensor de empréstimos "europeus" para áreas como a defesa.

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