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MNE francês substitui Breton como candidato a comissário europeu
Na mesma manhã em que Breton abandonou a corrida a comissário europeu do Mercado Interno, Emmanuel Macron apontou Stéphane Séjourné como substituto. Troca de nomes pode atrasar apresentação da equipa de Ursula Von der Leyen.
Emmanuel Macron nomeou o atual ministro da Europa e Negócios Estrangeiros francês como substituto de Thierry Breton, após a saída abrupta do candidato a comissário europeu desta manhã.
O Palácio de Eliseu emitiu um comunicado avançando o nome de Stéphane Séjourné na corrida ao braço executivo do bloco europeu, justificando a escolha com "o seu compromisso com a Europa" que "vai permitir apoiar totalmente uma agenda soberana".
É o mais jovem ministro dos Negócios Estrangeiros na era moderna francesa. Com 39 anos, Séjourné é um aliado próximo do Presidente francês há vários anos. Há uma década trabalharam lado a lado no Ministério das Finanças e, em 2017, o agora candidato desempenhou um papel central na primeira campanha eleitoral de Macron, como representante do partido de esquerda-centro do então novo partido.
No parlamento europeu desde 2019, é conhecido como a peça-chave de Macron em Bruxelas. Dois anos mais tarde tornou-se o líder do grupo Renew, antes de assumir o comando do partido Renaissance, de Macron, em 2022.
No mesmo comunicado, o gabinete do presidente francês agradeceu a Breton pela "grande contribuição para o avanço de uma política de soberania europeia nos campos da tecnologia digital".
Saída repentina atrasa Von der Leyen
Com a troca de nomes, Ursula von der Leyen, que está prestes a começar o novo mandato de cinco anos, provavelmente terá de adiar o arranque agendado para o primeiro dia de novembro, de acordo com a Bloomberg.
Esperava-se que Von der Leyen apresentasse a sua equipa esta terça-feira, 17 de setembro, em Estrasburgo, mas os atrasos já eram previstos, depois de apelar à escolha de candidatos "com equilíbrio de género" - ou seja, mais mulheres.
A saída de Breton também pode complicar ainda mais os planos para impulsionar a competitividade da União Europeia, já que o francês era responsável pela pasta que cobria a política industrial do bloco, assim como era um defensor de empréstimos "europeus" para áreas como a defesa.