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Ministro da Economia foi dar aula sobre energias renováveis

Os alunos da aula do 5ª ano onde Manuel Pinho hoje fez de professor para falar sobre energias renováveis mostraram preferência pelo vento quando o ministro da Economia lhes pediu para votarem na energia que achavam ser a melhor.

01 de Junho de 2007 às 12:51
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Os alunos da aula do 5ª ano onde Manuel Pinho hoje fez de professor para falar sobre energias renováveis mostraram preferência pelo vento quando o ministro da Economia lhes pediu para votarem na energia que achavam ser a melhor.

Manuel Pinto, no final da aula, recapitulou os ensinamentos: as energias renováveis são muito importantes; não há uma energia melhor do que a outra; o sol está por trás de tudo; e temos de poupar energia.

Os alunos de cada turma onde foram dadas as aulas em simultâneo – cinco turmas do 5º ao 9º ano da Escola EB 2,3 Quinta de Marrocos – estavam divididos em quatro equipas, representando a água, sol, vento e biomassa.

Daniel Brojo, com 10 anos, da equipa do vento, não se lembrava do nome do ministro - que tinha sido apresentado no início da aula – aprendeu bem a lição e relembrou aos colegas que as energias renováveis são importantes "porque não se esgotam".

O ministro teve como professores assistentes o engenheiro civil António Sá da Costa e a escritora Isabel Alçada. Quando António Sá da Costa perguntou por que é que chove, um dos alunos teve resposta pronta: "porque há muita água".

E como se poupa energia? A turma do 5º ano tinha tudo estudado: tomar duche em vez de banho de imersão, não deixar o televisor em ‘stand-by’ e abrir o frigorífico o mínimo possível foram alguns dos exemplos dados.

No andar de cima, o presidente da EDP, António Mexia, dava uma aula ao 9º ano ajudado pelo presidente da Mota-Engil, António Mota. Mexia mostrou-se muito à vontade no seu papel de professor, manifestando uma grande proximidade com os alunos. Salientou que o uso eficiente da energia é uma questão de atitude e reforçou que muitos pais estão a mudar os comportamentos devido aos filhos, que chegam a casa e os pressionam para serem mais ambientalmente responsáveis. No final da aula, o responsável da EDP disse que aqueles alunos o tinham deixado "muito optimista em relação ao ensino em Portugal".

Com o 6º ano estava António Vitorino, ex-ministro da Defesa, auxiliado pelo presidente da Galp, Ferreira de Oliveira, e por Castro Guerra, secretário de Estado Adjunto da Indústria e da Inovação. Vitorino observava deliciado as respostas dos alunos, que se mostraram muito interventivos. A montagem do kit da torre eólica não correu muito bem, mas Ferreira de Oliveira não se desarmou e explicou que "com o brinquedo não funcionou, mas com o vento funciona".

Depois das aulas dadas, os professores encontraram-se todos na sala de estudo, onde estavam também representantes de cada turma – e de cada energia renovável - onde foram leccionadas as aulas.

O resumo foi feito e a lição foi bem aprendida, pelo que foi possível observar. "Aprendemos que vão haver coisas novas no futuro", disse um aluno. "Eu achei muito interessante saber quais as vantagens e desvantagens das energias renováveis", confidenciou ao Jornal de Negócios a Daniela Torres, com 13 anos. Quando questionados sobre os meios onde mais lêem sobre estes assuntos, a resposta foi dada quase em coro: na Internet.

No pátio de acesso à sala de estudo, um grupo de alunos empunhava uma folha de papel por altura da passagem da comunicação social. "Mãe, estou aqui!", podia ler-se. Outros gritavam: "Gostamos muito de ler".

E foram estes alunos que deixaram uma boa impressão em todos os presentes que hoje vestiram a pele de professores – António Câmara (YDreams), Diogo Vaz Guedes (Somague), Paulo Fernandes (Cofina) e Aníbal Fernandes (Enercon) completavam a lista de ‘docentes’ convidados – que fizeram questão de falar sobre energias renováveis no Dia Mundial da Criança, por iniciativa do Ministério da Economia e Inovação.

Manuel Pinho deixou um desafio aos alunos: deixarem ideias sobre como desenvolver mais iniciativas de eficiência energética, enviando sugestões para o "site" do Ministério da Economia. "Vamos tê-las em conta", disse, sorrindo. O ministro congratulou-se com o facto de os alunos estarem "muito conscientes das alterações climáticas" e relembrou que Portugal tem das metas mais ambiciosas do Protocolo de Quioto, questão que deve deixar o País orgulhoso.

A iniciativa decorreu também no Norte, na Escola Secundária António Nobre, em Paranhos.

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