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Ministra alemã defende estacionamento de armas de longo alcance dos EUA

"Precisamos de uma dissuasão credível contra a Rússia, para que não se atreva [a atacar]", defendeu a chefe da diplomacia alemã.

Annalena Baerbock, a candidata dos Verdes, aparece na liderança em seis sondagens, num total de dez.
Clemens Bilan/Lusa
04 de Agosto de 2024 às 15:27
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A ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, defendeu este domingo o estacionamento de armas de longo alcance dos Estados Unidos na Alemanha a partir de 2026 como uma medida de dissuasão para a Rússia.

"O que nos protege agora é que investimos na nossa própria segurança e força, na UE, na NATO e na Alemanha", escreveu Baerbock numa coluna na edição deste domingo do tabloide Bild, o jornal mais lido da Alemanha. "E isto inclui a decisão de estacionar os sistemas de armas de longo alcance dos Estados Unidos. Porque precisamos de uma dissuasão credível contra a Rússia, para que não se atreva [a atacar]", defendeu a chefe da diplomacia alemã.

Baerbock sublinhou que não se trata apenas de proteger a Alemanha, mas também a Polónia, a Finlândia e os Estados Bálticos, que fazem fronteira com a Rússia e que já são alvo dos ataques "híbridos" de Moscovo. "Fazer política externa hoje significa perceber que o princípio da esperança não nos vai proteger da Rússia de Putin", disse, argumentando que o Kremlin responde a qualquer iniciativa de paz da Ucrânia ou do Ocidente com mais escalada e novos gestos de rejeição da diplomacia.

Os Estados Unidos vão começar a utilizar gradualmente as suas capacidades de fogo de longo alcance no âmbito da Força de Intervenção Multidomínios na Alemanha a partir de 2026, anunciou a Casa Branca em julho.

Quando estiverem totalmente desenvolvidas, estas unidades de fogo convencional de longo alcance incluirão armas ‘SM-6’, ‘Tomahawk’ e hipersónicas, que têm um alcance significativamente mais longo do que as atuais utilizadas na Europa.

A decisão causou polémica na Alemanha, onde até figuras do Partido Social-Democrata (SPD), do chanceler, Olaf Scholz, criticaram a sua aprovação sem um debate público sobre as suas implicações.

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