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Ministério das Finanças: crescimento da economia continuará a convergir com a Europa
O Ministério das Finanças destacou esta quinta-feira que, apesar da revisão em baixa do crescimento da economia portuguesa pela Comissão Europeia, Portugal continuará a convergir com a Europa.
A Comissão Europeia apresentou hoje, no âmbito das Previsões de Inverno, uma projeção para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) português em 2019 e em 2020 "que dá continuidade à tendência de convergência face à zona euro", lê-se num comunicado das Finanças.
Bruxelas estima que a economia portuguesa cresça 1,7% nos próximos dois anos, acima da previsão para a zona euro de 1,3% em 2019 e 1,6% em 2020, salienta o Ministério liderado por Mário Centeno. A previsão da Comissão Europeia é, porém, inferior à do Governo (2,2% em 2019).
Segundo o Ministério, "a revisão em baixa do crescimento da economia europeia deve-se, essencialmente, a motivos de incerteza geopolítica, combinados com fatores domésticos que prejudicam o crescimento nas maiores economias da Europa".
"No entanto, a revisão do crescimento da economia portuguesa para 2019 (-0.1 p.p. [pontos percentuais] face às Previsões de Outono) é significativamente inferior à da zona euro (-0.6 p.p.)", destacam as Finanças.
"Para Portugal, a par da moderação do crescimento da procura externa e, por essa via, das exportações, a Comissão Europeia destaca também a dinâmica positiva do consumo privado e a aceleração do investimento como fatores que deverão apoiar o crescimento no curto prazo", acrescenta a mesma fonte.
O Ministério conclui que, "de acordo com estas previsões, Portugal dará continuidade a uma trajetória de convergência com a Europa".
Esta trajetória tem sido observada no mercado de trabalho, com o "expressivo e sustentado" crescimento do emprego e a diminuição do desemprego que foi das mais altas da zona euro desde 2015, sublinham as Finanças.
O Ministério indica que "o emprego cresceu mais em Portugal do que na zona euro (7,2% em Portugal entre 2015 e 2018, compara com 4,5% na zona euro)" e o desemprego, "reduziu-se 45% em Portugal e 24% na zona euro, ou seja, duas vezes mais rápido em Portugal".
"O mesmo é visível na composição e sustentabilidade da atividade económica, já que a recuperação do investimento público e privado está em Portugal entre as mais expressivas da zona euro nos últimos anos", sustenta a mesma fonte.