Notícia
Miguel Reis renuncia à presidência da Câmara Municipal de Espinho
Fonte oficial da Câmara de Espinho diz que será agora iniciado o processo de sucessão, que deverá confiar a liderança da autarquia a Álvaro Monteiro, atual vice-presidente da mesma.
12 de Janeiro de 2023 às 14:06
O socialista Miguel Reis, detido na terça-feira no âmbito da Operação Vórtex devido a acusações de corrupção envolvendo interesses imobiliários, renunciou hoje ao seu mandato como presidente da Câmara Municipal de Espinho, revelou o próprio em comunicado pessoal.
O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e os três empresários foram detidos por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
Arquiteto, professor e investigador, esse autarca do distrito de Aveiro foi eleito para o cargo nas autárquicas de 2021, então com 40,23% dos votos, e renuncia agora também às funções de presidente da comissão política do PS de Espinho, para o qual foi reeleito em outubro de 2022.
Em nota enviada à Lusa, Miguel Reis declara: "Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista".
O assim ex-presidente da câmara diz que toma a decisão "de consciência absolutamente tranquila" e acrescenta: "Reitero, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social".
Miguel Reis espera assim "resguardar" a sua família "dos efeitos nocivos da exposição mediática" associada ao caso, focar-se na sua "plena defesa" e também "salvaguardar o normal funcionamento da instituição 'Câmara Municipal de Espinho'".
Ainda detido nas instalações da Polícia Judiciária do Porto quando remeteu o comunicado à Lusa, o arquiteto acrescenta: "Sempre encarei o exercício de funções autárquicas e a participação na vida política como um ato desinteressado de cidadania ativa. Aliás, repetidamente defendi não 'ser' presidente de câmara e apenas 'estar' como presidente de câmara, encarando esta função com espírito de missão e como um mero lugar de passagem".
É aludindo a esse "sentido de desapego e independência" que Miguel Reis quer agora preservar os interesses de Espinho, recordando: "Sempre mantive uma voz ativa em defesa de Espinho e dos espinhenses, alertando, antes e depois de exercer funções autárquicas e em diferentes momentos e fóruns, para alguns dos factos e práticas que agora constituem a base e a essência desta investigação -- e que não incidem em atos praticados por mim ou durante a vigência do meu mandato".
Fonte oficial da Câmara de Espinho diz que será agora iniciado o processo de sucessão, que deverá confiar a liderança da autarquia a Álvaro Monteiro, atual vice-presidente da mesma e antigo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho.
O presidente da Câmara de Espinho, Miguel Reis, o chefe da divisão do Urbanismo da autarquia, José Costa, e os três empresários foram detidos por suspeitas de corrupção ativa e passiva, prevaricação, abuso de poderes e tráfico de influências.
Em nota enviada à Lusa, Miguel Reis declara: "Na sequência das diligências efetuadas no âmbito da Operação Vórtex, tomei, de livre e espontânea vontade, a decisão de renunciar, com efeitos imediatos, ao mandato para o qual fui eleito na Câmara Municipal de Espinho e, consequentemente, nas instituições onde, por inerência de funções, representava a autarquia. Uma renúncia que se estende às funções que exercia nos diferentes níveis de organização do Partido Socialista".
O assim ex-presidente da câmara diz que toma a decisão "de consciência absolutamente tranquila" e acrescenta: "Reitero, de forma inequívoca, a minha inocência perante as acusações que me são imputadas e repudiando, de forma veemente, as informações e acusações falsas e sem a mínima correspondência com a realidade que foram sendo avançadas nos últimos dias, com particular repulsa pela manchete que hoje mesmo foi publicada por um órgão de comunicação social".
Miguel Reis espera assim "resguardar" a sua família "dos efeitos nocivos da exposição mediática" associada ao caso, focar-se na sua "plena defesa" e também "salvaguardar o normal funcionamento da instituição 'Câmara Municipal de Espinho'".
Ainda detido nas instalações da Polícia Judiciária do Porto quando remeteu o comunicado à Lusa, o arquiteto acrescenta: "Sempre encarei o exercício de funções autárquicas e a participação na vida política como um ato desinteressado de cidadania ativa. Aliás, repetidamente defendi não 'ser' presidente de câmara e apenas 'estar' como presidente de câmara, encarando esta função com espírito de missão e como um mero lugar de passagem".
É aludindo a esse "sentido de desapego e independência" que Miguel Reis quer agora preservar os interesses de Espinho, recordando: "Sempre mantive uma voz ativa em defesa de Espinho e dos espinhenses, alertando, antes e depois de exercer funções autárquicas e em diferentes momentos e fóruns, para alguns dos factos e práticas que agora constituem a base e a essência desta investigação -- e que não incidem em atos praticados por mim ou durante a vigência do meu mandato".
Fonte oficial da Câmara de Espinho diz que será agora iniciado o processo de sucessão, que deverá confiar a liderança da autarquia a Álvaro Monteiro, atual vice-presidente da mesma e antigo presidente do conselho de administração do Centro Hospitalar de Gaia e Espinho.