Notícia
Merkel: "Eurobonds" retiram incentivo à disciplina orçamental
Pela enésima vez, a chanceler alemã disse hoje que a emissão de dívida conjunta não é solução para os problemas que afectam a Zona Euro.
Angela Merkel repetiu hoje que avançar para a criação de obrigações europeias seria a “resposta errada” aos problemas de excesso de endividamento que diz estarem por detrás do facto de três países do euro terem sido forçados a pedir ajuda externa.
Num discurso proferido em Magdeburgo, capital da Saxónia-Anhalt, a chanceler considerou que as "eurobonds" retirariam o incentivo à consolidação orçamental e às reformas estruturais de que muitos países europeus necessitam.
A chanceler contestou ainda os que apresentam as obrigações europeias como a saída para uma crise que, insistiu, não se resolve num "passo de mágica", mas mediante um processo necessariamente gradual – e individual – de estabilização financeira e de recuperação de competitividade por parte das economias europeias.
Citada pela agência Bloomberg, Merkel repetiu, também pela enésima vez, que o euro veio para ficar e que a união não se desmembrará para trazer de regresso as moedas nacionais.
A emissão de dívida conjunta pelos países do euro teria a vantagem de fazer descer os custos de financiamento para os países que se encontram mais pressionados pelos mercados, evitando o risco de uma Espanha ou Itália se verem confrontadas com taxas de juro proibitivas que as forcem a pedir ajuda externa, à semelhança do que sucedeu à Grécia, Irlanda e Portugal. Entre os seus mais acérrimos defensores está o ministro italiano das Finanças, Gulio Tremonti.
Em contrapartida, porém, países como a Alemanha ou a França passariam a pagar mais para se endividarem. No seio da CDU de Merkel, a recusa dos "eurobonds" é relativamente consensual. Já os sociais-democratas, SPD, na oposição, têm mostrado grande abertura.
A chanceler, por seu turno, tem tentado ficar a meio caminho: emissão conjunta de dívida não resolve problema algum nem faz sentido nesta fase, mas poderá ser equacionada quando existir uma maior integração política na Zona Euro.
Num discurso proferido em Magdeburgo, capital da Saxónia-Anhalt, a chanceler considerou que as "eurobonds" retirariam o incentivo à consolidação orçamental e às reformas estruturais de que muitos países europeus necessitam.
Citada pela agência Bloomberg, Merkel repetiu, também pela enésima vez, que o euro veio para ficar e que a união não se desmembrará para trazer de regresso as moedas nacionais.
A emissão de dívida conjunta pelos países do euro teria a vantagem de fazer descer os custos de financiamento para os países que se encontram mais pressionados pelos mercados, evitando o risco de uma Espanha ou Itália se verem confrontadas com taxas de juro proibitivas que as forcem a pedir ajuda externa, à semelhança do que sucedeu à Grécia, Irlanda e Portugal. Entre os seus mais acérrimos defensores está o ministro italiano das Finanças, Gulio Tremonti.
Em contrapartida, porém, países como a Alemanha ou a França passariam a pagar mais para se endividarem. No seio da CDU de Merkel, a recusa dos "eurobonds" é relativamente consensual. Já os sociais-democratas, SPD, na oposição, têm mostrado grande abertura.
A chanceler, por seu turno, tem tentado ficar a meio caminho: emissão conjunta de dívida não resolve problema algum nem faz sentido nesta fase, mas poderá ser equacionada quando existir uma maior integração política na Zona Euro.