Notícia
Mercado liberalizado em Portugal detinha em 2021 94% dos clientes de energia
O relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos adianta ainda que a EDP foi o comercializador com mais perdas, com a saída de quase 100 mil clientes no ano passado.
O número de clientes no mercado liberalizado de eletricidade em Portugal cresceu em 2021 para mais de 5,4 milhões, uma subida de 1,9% face ao ano anterior, para 94% do consumo total de energia.
O segmento residencial corresponde a 38% desse consumo, é o que indica o relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre os mercados retalhistas de eletricidade e de gás, divulgado esta quinta-feira.
No gás, a quase totalidade dos consumidores já está no mercado liberalizado, cerca de 98%, o que corresponde a 1,3 milhões de clientes.
Em termos globais, em número de clientes, a EDP continua a ser o comercializador com mais perdas (-96 mil), sendo o principal beneficiário a Goldenergy (+50 mil clientes), seguido da Endesa (+46 mil).
Os comercializadores do mercado liberalizado são o tipo de empresa mais reclamado junto da ERSE, com 69% das reclamações nos dois setores. Destas, as mais reclamadas coincidem com as que registam maiores quotas de mercado. Assinala-se ainda um crescimento de reclamações relativas a operadores da rede de distribuição (ORD), para cerca de 25% do total.
No final de 2021, existiam 685 ofertas comerciais nos mercados de eletricidade e de gás. Destas, 104 eram ofertas duais, o que representa um aumento em 19% face a 2020. Já o número de ofertas por comercializador foi de 23, sendo de 8.338 o número de consumidores por oferta.
A prática de condições de fidelização ocorre em apenas 16% das ofertas comerciais. Destas, 91% incluem penalizações, mas que em quase metade dos casos, são inferiores a 25% da fatura mensal.
Cerca de dois terços das ofertas disponibilizavam dois ou mais meios de pagamento. A percentagem de clientes não abrangidos por serviços adicionais mantém-se na ordem do 80% na eletricidade, mas reduziu-se para 76% no gás.
Quanto aos movimentos de "switching" (mudança de comercializador), verifica-se que o segmento doméstico representa mais de 97% do "switching" em número de clientes. Em consumo, os clientes industriais são o segmento mais relevante nas mudanças dentro do mercado liberalizado (ML), com 42% do total.
A ERSE destaca ainda que em 2021 se registou uma tendência de aumento das taxas de intensidade de mudança, principalmente dentro do mercado liberalizado. As taxas de mudança para a eletricidade e gás foram, respetivamente de 17% e 15% em número de clientes e de 23% e 14% no que toca ao consumo.
Já ao nível das condições de indexação do preço, o número de clientes com contratos indexados ao mercado "spot" mantém-se residual, abaixo de 1% em ambos os setores.
O segmento residencial corresponde a 38% desse consumo, é o que indica o relatório da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) sobre os mercados retalhistas de eletricidade e de gás, divulgado esta quinta-feira.
Em termos globais, em número de clientes, a EDP continua a ser o comercializador com mais perdas (-96 mil), sendo o principal beneficiário a Goldenergy (+50 mil clientes), seguido da Endesa (+46 mil).
Os comercializadores do mercado liberalizado são o tipo de empresa mais reclamado junto da ERSE, com 69% das reclamações nos dois setores. Destas, as mais reclamadas coincidem com as que registam maiores quotas de mercado. Assinala-se ainda um crescimento de reclamações relativas a operadores da rede de distribuição (ORD), para cerca de 25% do total.
No final de 2021, existiam 685 ofertas comerciais nos mercados de eletricidade e de gás. Destas, 104 eram ofertas duais, o que representa um aumento em 19% face a 2020. Já o número de ofertas por comercializador foi de 23, sendo de 8.338 o número de consumidores por oferta.
A prática de condições de fidelização ocorre em apenas 16% das ofertas comerciais. Destas, 91% incluem penalizações, mas que em quase metade dos casos, são inferiores a 25% da fatura mensal.
Cerca de dois terços das ofertas disponibilizavam dois ou mais meios de pagamento. A percentagem de clientes não abrangidos por serviços adicionais mantém-se na ordem do 80% na eletricidade, mas reduziu-se para 76% no gás.
Quanto aos movimentos de "switching" (mudança de comercializador), verifica-se que o segmento doméstico representa mais de 97% do "switching" em número de clientes. Em consumo, os clientes industriais são o segmento mais relevante nas mudanças dentro do mercado liberalizado (ML), com 42% do total.
A ERSE destaca ainda que em 2021 se registou uma tendência de aumento das taxas de intensidade de mudança, principalmente dentro do mercado liberalizado. As taxas de mudança para a eletricidade e gás foram, respetivamente de 17% e 15% em número de clientes e de 23% e 14% no que toca ao consumo.
Já ao nível das condições de indexação do preço, o número de clientes com contratos indexados ao mercado "spot" mantém-se residual, abaixo de 1% em ambos os setores.