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Medicamentos falsos valem 24 mil milhões

Numa altura em que Portugal se prepara para autorizar as farmácias a venderem remédios pela nternet, um estudo da ONU revela que este é o principal veículo de distribuição de medicamentos falsos, um negócio que vale 24 mil milhões de euros. Em Portugal, n

19 de Março de 2007 às 08:17
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Numa altura em que Portugal se prepara para autorizar as farmácias a venderem remédios pela nternet, um estudo da ONU revela que este é o principal veículo de distribuição de medicamentos falsos, um negócio que vale 24 mil milhões de euros. Em Portugal, não há um retrato do problema.

Comprar através da Internet é muito fácil. É rápido. E se o consumidor até já conhece bem o produto, a operação parece ter só vantagens.

Puro engano. A encomenda rápida e barata pode tornar-se numa gigante dor de cabeça para doentes, empresas farmacêuticas e entidades reguladoras. De acordo com o Órgão Internacional para o Controlo de Estupefacientes, da ONU, citado pelo Diário Económico, grande parte dos medicamentos vendidos online são falsificados, ineficazes e sem nenhuma substância activa na sua composição (placebos), ou seja, são uma completa fraude.

Outros ainda são mais perigosos, porque são vendidos com as indicações médicas erradas, o prazo expirado ou com químicos tóxicos na sua composição. Na melhor das hipóteses, o medicamento tomado pode não ter efeito nenhum. No pior dos casos, pode até matar.

A Organização Mundial de Saúde garante que 10% dos medicamentos vendidos são falsos e a internet é o principal veículo de operação das redes de falsificação. Apesar de em Portugal ainda não serem permitidas as farmácias online, multiplicam-se os pontos de venda na Internet que fazem entregas no nosso país, e brevemente o Governo vai permitir a venda pela internet, desde que tutelada por uma farmácia.

Fraude milionária

A contrafacção de medicamentos é hoje um grave problema de saúde pública a nível mundial e um negócio que rende 24 mil milhões de euros, de acordo com o Diário Económico.

Os prejuízos que provoca também envolvem muito dinheiro: para além da quebra nas vendas, a imagem e a credibilidade das empresas farmacêuticas sofrem graves danos. A FDA - entidade reguladora dos medicamentos nos Estados Unidos - estima que a indústria seja lesada em 24 milhões de euros só em vendas directas, cerca de 5% da facturação mundial. Nos países ricos, as maiores ‘vítimas’ de falsificação são os medicamentos que melhoram a qualidade de vida. É o caso de comprimidos para a disfunção eréctil, tratamentos para emagrecer, hormonas e esteróides. A situação é, obviamente, muito pior nos países subdesenvolvidos, onde 25% dos medicamentos são falsos, a maioria para o cancro, a tuberculose e a Sida.

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