Notícia
Médicos: Sindicatos mantêm greve e reiteram exigência de anulação do concurso
O Sindicato Independente dos Médicos (SIM) e a Federação Nacional dos Médicos (FNAM) reiteraram hoje que mantêm a greve de quarta e quinta-feira, e que exigem a anulação do concurso para aquisição de serviços médicos pagos à hora.
09 de Julho de 2012 às 20:48
Numa conferência de imprensa conjunta, os dois sindicatos representativos do sector mostraram-se inflexíveis numa possível desconvocação da greve, reafirmando que esta se vai realizar e que estão disponíveis para retomar as negociações a partir de dia 13.
O presidente do SIM, Roque da Cunha, disse que os pontos expressos no pré-aviso de greve não foram respondidos pelo Ministério da Saúde, acusando a tutela de falta de seriedade na negociação, tendo mostrado "preocupação mediática com o atendimento dos utentes, questão que não se colocou há um mês quando foi apresentado o pré-aviso de greve".
A propósito, o sindicalista reforçou que todos os hospitais terão médicos a cumprir os serviços mínimos e que os doentes que não tiverem consulta nesses dias poderão tê-la nos dias imediatamente a seguir.
Relativamente à proposta de retomar as negociações com a tutela no dia 13, Roque da Cunha considerou que "o processo negocial deve ser feito de forma séria e não sob a pressão de uma greve".
Referindo-se às contrapropostas apresentadas aos sindicatos no sábado à noite pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, o presidente da FNAM afirmou que "não correspondem minimamente ao que os médicos reivindicam", e consistem apenas em "medidas correctivas e de cosmética".
Os sindicalistas reiteraram que não aceitam a contratação de "médicos low cost" para tarefas permanentes e repetidas, e que deve haver contratos, até para haver progressão na carreira.
Sobre este assunto, o presidente da Associação Europeia de Médicos Hospitalares, e dirigente do SIM, João de Deus, referiu um caso que conheceu pessoalmente de um médico "tarefeiro" que fez três bancos seguidos (de 24 horas) em três hospitais distintos, dois dos quais a mais de 200 quilómetros de distância.
O responsável alertou para o risco que um médico nestas condições pode representar para um doente.
Questionados pelos jornalistas sobre se os utentes compreenderiam esta greve e aceitariam o facto de saírem lesados, o dirigente da FNAM respondeu com uma pergunta: "O que os utentes preferem? Ser atendidos por médicos com carreira, avaliados e com exigência, ou por um médico que vai ali fazer umas horitas e depois vai fazer outras horas à tarde?"
Sérgio Esperança adiantou ainda que, na última semana, têm sido prestados aos utentes dos hospitais e centros de saúde todos os esclarecimentos sobre a greve, através de explicações verbais, de entrega de documentação aos utentes e de reuniões com representantes dos doentes e dos utentes.
Para Merlinde Madureira, da FNAM, a contratação a empresas de actos médicos avulsos está a desestruturar os serviços públicos de saúde, a desorganizar a sua hierarquia técnica e a ameaçar o Serviço Nacional de Saúde.
O presidente do SIM, Roque da Cunha, disse que os pontos expressos no pré-aviso de greve não foram respondidos pelo Ministério da Saúde, acusando a tutela de falta de seriedade na negociação, tendo mostrado "preocupação mediática com o atendimento dos utentes, questão que não se colocou há um mês quando foi apresentado o pré-aviso de greve".
Relativamente à proposta de retomar as negociações com a tutela no dia 13, Roque da Cunha considerou que "o processo negocial deve ser feito de forma séria e não sob a pressão de uma greve".
Referindo-se às contrapropostas apresentadas aos sindicatos no sábado à noite pelo ministro da Saúde, Paulo Macedo, o presidente da FNAM afirmou que "não correspondem minimamente ao que os médicos reivindicam", e consistem apenas em "medidas correctivas e de cosmética".
Os sindicalistas reiteraram que não aceitam a contratação de "médicos low cost" para tarefas permanentes e repetidas, e que deve haver contratos, até para haver progressão na carreira.
Sobre este assunto, o presidente da Associação Europeia de Médicos Hospitalares, e dirigente do SIM, João de Deus, referiu um caso que conheceu pessoalmente de um médico "tarefeiro" que fez três bancos seguidos (de 24 horas) em três hospitais distintos, dois dos quais a mais de 200 quilómetros de distância.
O responsável alertou para o risco que um médico nestas condições pode representar para um doente.
Questionados pelos jornalistas sobre se os utentes compreenderiam esta greve e aceitariam o facto de saírem lesados, o dirigente da FNAM respondeu com uma pergunta: "O que os utentes preferem? Ser atendidos por médicos com carreira, avaliados e com exigência, ou por um médico que vai ali fazer umas horitas e depois vai fazer outras horas à tarde?"
Sérgio Esperança adiantou ainda que, na última semana, têm sido prestados aos utentes dos hospitais e centros de saúde todos os esclarecimentos sobre a greve, através de explicações verbais, de entrega de documentação aos utentes e de reuniões com representantes dos doentes e dos utentes.
Para Merlinde Madureira, da FNAM, a contratação a empresas de actos médicos avulsos está a desestruturar os serviços públicos de saúde, a desorganizar a sua hierarquia técnica e a ameaçar o Serviço Nacional de Saúde.