Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Médicos escapam à proibição de acumulação de salários com pensões

Os médicos reformados que regressem ao Serviço Nacional de Saúde, e que não tenham optado pela pensão antecipada, vão poder continuar a acumular pensão e salário, afirmou ao Negócios o Ministério da Saúde.

  • 22
  • ...
Os médicos reformados que não se tenham aposentado antecipadamente, e que voltem a trabalhar no Estado, vão poder continuar a acumular pensão com um terço do salário, ou vice-versa, afirmou ao Negócios fonte oficial do Ministério da Saúde.

Trata-se de uma excepção à proibição de acumulação de pensões com vencimentos do Estado, que se aplica às situações já autorizadas. A partir de 1 de Janeiro, quem estiver a receber uma pensão e um salário do Estado terá que optar por uma destas remunerações, afirmou esta tarde o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira.

A excepção agora anunciada pelo Ministério da Saúde não se aplica aos médicos que recorreram à reforma antecipada já que a legislação em vigor desde Julho determina que a pensão dos profissionais nestas condições tenha que ser suspensa.

Quanto aos restantes, podem trabalhar acumulando o salário com um terço da pensão, ou vice-versa. Uma situação que terá sempre "carácter excepcional", devendo ser justificada através de um despacho da ministra da Saúde, explica fonte oficial do gabinete de Ana Jorge. A decisão deve-se à "comprovada falta de médicos", acrescenta a mesma fonte.

Medida com fraco impacto orçamental

A lei em vigor desde 2005 prevê que os pensionistas da Caixa Geral de Aposentações que voltem a trabalhar no Estado tenham direito a receber a pensão (ou as várias pensões) e um terço do salário, ou, em alternativa, o salário e um terço da pensão.

O Governo já tinha anunciado a intenção de alterar este regime, obrigando as pessoas que trabalham no Estado a escolher entre uma das remunerações. Mas o diploma já aprovado em Conselho de Ministros teve várias versões. Hoje ficou-se a saber que, ao contrário do que foi inicialmente anunciado, os actuais beneficiários deste regime também serão afectados pela proibição.

O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou em conferência de imprensa que a medida tem fraco impacto orçamental. "Estamos perante situações muito limitadas na administração pública". Os dados não têm sido revelados pelo Governo.

A proibição - que, sabe-se agora, excepciona os médicos - aplica-se a todos os reformados, sejam pensionistas da Caixa Geral de Aposentações, de entidades da esfera do Estado (que tenham, por exemplo, fundos de pensões), ou da Segurança Social.





Ver comentários
Saber mais médicos Função Pública pensões
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio