De acordo com as mesmas fontes, a Administração Regional de Saúde (ARS) de Lisboa e Vale de Tejo comunicou quarta-feira aos directores de serviço da MAC que esta unidade vai encerrar. A notícia apanhou de surpresa os profissionais desta maternidade, que aguardavam a solução em análise pelo Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC), a que pertence a MAC.

No entanto, o presidente da Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT) disse à Lusa que o encerramento da MAC é "apenas um cenário" e que, a concretizar-se, irá acontecer "com todo o cuidado e atenção".

O destino da Maternidade Alfredo da Costa (MAC) deveria ser conhecido em breve, já que o assunto é abordado na carta hospitalar, elaborada pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS), que será conhecida no próximo dia 15 de Abril.

Na quarta-feira, o ministro da Saúde, após ser ouvido na Comissão Parlamentar de Saúde, disse aos jornalistas que o destino da MAC ainda não estava definido, admitindo que o conhecimento dos profissionais desta instituição era o mais importante, independentemente da sua localização geográfica.

Hoje, o Bloco de Esquerda denunciou na Assembleia da República o encerramento desta unidade de saúde, lembrando que a MAC é "a maior e mais diferenciada maternidade do país, aquela que realiza o maior número de partos e que reúne os recursos humanos e técnicos mais sofisticados no domínio da saúde da mulher e da neo-natologia".

Em comunicado, o BE considera "inaceitável a decisão de desmantelar a MAC pelos prejuízos que dela inevitavelmente resultam para a população de Lisboa e para a capacidade de resposta do Serviço Nacional de Saúde (SNS)".

"É uma decisão determinada exclusivamente por critérios financeiros, sobrepondo a política dos cortes aos critérios clínicos e padrões de qualidade que devem orientar a política de saúde", acrescentam os bloquistas.