Notícia
Mariano Rajoy apela ao investimento latino-americano
O presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy, apelou hoje a um maior investimento da América Latina em Espanha e na Europa onde será acolhido "de braços abertos" e ajudará a gerar riqueza "em benefício de todos".
17 de Novembro de 2012 às 11:54
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“As empresas multilatinas são uma realidade e estão em condições de conquistar outros mercados como o espanhol e europeu. A UE é o maior mercado do mundo e oferece o melhor potencial para as suas exportações”, afirmou, defendendo a expansão dos mecanismos já existes, entre a UE e a América Latina.
“Apesar da crise que sofremos, não nos fechamos em nos próprios. Mantemos o compromisso com a América Latina. Frente ao recurso fácil e tantas vezes fracassado do proteccionismo, Espanha e a UE mantém a sua aposta pela abertura, livre comércio e investimento”, disse.
Rajoy procurou, na sua intervenção, centrar o objectivo da cimeira nos “cidadãos” que esperam “que se fale deles e que se contribua para tratar dos seus problemas” sendo que “no contexto actual de dificuldades deve dar-se especial atenção às questões económicas”.
O governante espanhol recordou que a América Latina está hoje numa “posição mais favorável que a Europa para ultrapassar a crise”, uma “posição vantajosa que a região ganhou com os seus próprios meios” e com “determinação, esforço e paciência”.
Foi o resultado, disse, da “combinação necessária de austeridade com políticas propostas de crescimento económico”, uma experiência que deixa uma “mensagem de esperança”.
“Confiamos na América Latina como sempre o fizemos. Quando outros países optavam por outros destinos, Espanha foi pioneira a apostar por investimento”, disse Rajoy, recordando que o investimento espanhol acumulado na região atinge 115 mil milhões de euros.
Só em 2011 as empresas espanholas investiram na região mais de 7 mil milhões de euros e, globalmente, foram responsáveis pelo emprego de dois milhões de pessoas.
“Esta riqueza não se criou por geração espontânea e é a melhor prova do muito que podemos alcançar num quadro estável de cooperação e entendimento”, disse.