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Marcelo viaja de camião entre Lisboa e Porto para conhecer problemas dos camionistas
O Presidente da República iniciou hoje ao fim da manhã uma viagem de camião entre Lisboa e Porto para conhecer os problemas dos camionistas de longa distância, acompanhado ao longo de todo o trajeto pela comunicação social.
"Não há nada como conhecer. É isso que eu vou tentar fazer hoje", declarou aos jornalistas.
Marcelo Rebelo de Sousa partiu do Terminal de Carga Aérea do Aeroporto de Lisboa num camião de transporte de mercadorias da empresa TMP, conduzido por Fernando Frazão, fundador e presidente da associação "Motoristas do Asfalto", com quem já tinha estado em dezembro, na Mealhada.
Uma equipa da TVI seguiu com o chefe de Estado no interior da cabine, onde também estavam instaladas no tablier três pequenas câmaras de vídeo, para depois dar a vez à CMTV, à Rádio Quinta do Conde, à RTP, à SIC e a outros órgãos de comunicação social, ao longo do percurso pela Estrada Nacional n.º 1.
À chegada, o Presidente da República disse estar a cumprir uma promessa que fez no dia 18 de dezembro a Fernando Frazão, de que "logo que pudesse faria o percurso Lisboa-Porto, para ver como era" e tentar "perceber um bocadinho os problemas" dos camionistas de longa distância.
Dirigindo-se para Fernando Frazão, Marcelo Rebelo de Sousa declarou-se "preparadíssimo" para a viagem e comentou: "Temos é de mudar muitas vezes de jornalistas, já sabe? Entram, saem, entram, saem".
Antes de arrancar, o camião deu uma volta à rotunda e estacionou novamente perante a comunicação social. Já com a TVI ao lado, o Presidente virou-se para os jornalistas e perguntou: "Quem é que é o segundo turno?".
O chefe de Estado irá almoçar com outros membros da associação "Motoristas do Asfalto" em Condeixa-a-Nova, no distrito de Coimbra. A segunda metade do trajeto será feita com Alexandrina Santos ao volante, uma camionista que também conheceu no dia 18 de dezembro, na Mealhada.
Esse encontro aconteceu na semana em que estavam convocadas na Internet para vários pontos do país manifestações inspiradas no movimento dos "coletes amarelos", em França, que tiveram fraca adesão.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, tratou-se de "uma iniciativa do Fernando Frazão que já era antiga e que foi adiada, a certa altura, por outras circunstâncias".
"Eu tive um pequeno encontro com ele e fizemos a experiência de uns cinco quilómetros, antes de almoçarmos com um grupo de colegas dele, para tratarmos daquilo que ele queria que eu percebesse, que são as condições de vida de quem tem a responsabilidade, não apenas de ser camionista, mas de ser camionista mas nestes camiões internacionais, de maior responsabilidade, maior envergadura e, portanto, com horários muito mais complicados e cargas e descargas muito mais complicadas", referiu.