Notícia
Marcelo pede ao Governo para "pôr os olhos" na Stellantis e duplicar taxa de execução do PRR
O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, diz que este ano a fábrica de Mangualde vai bater recordes de produção, com previsões de 87 mil veículos produzidos, acima dos 82 mil do ano passado.
O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, deixou esta terça-feira um recado ao Governo de Luís Montenegro e ao ministro da Economia, Pedro Reis, para que "ponham os olhos" na Stellantis e na agenda mobilizadora do PRR "Green Auto" que a fabricante de automóveis lidera (e na qual estão integradas 37 entidades diferentes), tendo em conta que esta apresenta já, neste momento, uma taxa de execução na ordem dos 51%.
O alerta do chefe de Estado foi deixado numa visita à fábrica da Stellantis em Mangualde, no dia em que a empresa assinalou o início da produção de veículos elétricos nesta unidade em Portugal, que se encontra no top 3 das fábricas a nível mundial (de um total de 90) com menor custo de produção e maior competitividade. Neste momento a fábrica tem capacidade para produzir 12 viaturas (térmicas ou elétricas) por hora, podendo este número crescer para 17.
O CEO da Stellantis, Carlos Tavares, diz que este ano a fábrica vai bater recordes de produção, com previsões de 87 mil veículos produzidos, acima dos 82 mil do ano passado.
Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Marcelo disse que o Governo tem de conseguir uma taxa de execução global na ordem dos 50% ou, pelo menos, duplicar a que tem sido registada até agora (23%). "Não temos todo o tempo do mundo para executar o PRR. O Estado tem de pôr os olhos na Stellantis e imitar este exemplo para aumentar a taxa de execução do PRR. São recursos únicos e limitados no tempo", disse Marcelo, acrescentando que a fábrica de automóveis em Mangualde é também um exemplo de como este tipo de projetos não estão dependentes de quem está no Governo. "Este investimento nasceu com outro primeiro-ministro e outro Governo, mas mantém-se com o atual Governo e o atual primeiro-ministro, disse.
"Da mesma maneira que com a Stellantis foi possível ter, em relação à agenda mobilizadora, 51% de cumprimento em um ano, é preciso que o PRR, todo ele, a taxa de cumprimento se aproxime dos 51% e os ultrapasse rapidamente. O ministro da Economia diz que a Stellantis é um exemplo para a economia portuguesa imitar. Eu diria também que é um exemplo para o Estado português imitar com fundos que são nesta dimensão únicos. Únicos no tempo e únicos na sua concentração imediata", concluiu.
No final da cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda aos jornalistas que a taxa de execução do PRR, "apesar de uma recuperação que houve no ano passado, em relação a anos anteriores, está ainda muito baixa". "Uma diferença muito grande entre o dinheiro que temos disponível, que já está contratualizado e que já chegou às entidades intermédias, mas está em termos burocráticos a ter dificuldades em chegar ao destinatário final", disse, alertando que o tempo que está pela frente "é muito limitado" (dois anos e meio), já que o prazo final de execução do PRR é o final de 2026.
"Temos de recuperar rapidamente, sabemos que temos taxas de execução que são melhores de que outros países europeus, mas isso não nos consola, temos que melhorar", avisou.
O Presidente da República elogiou ainda como a unidade fabril da Stellantis em Portugal conseguiu adiantar em mais de um ano a produção de veículos elétricos: de outubro de 2025 para junho de 2024. "Este centro de produção é um dos melhores do mundo. É mérito dos trabalhadores, que assumiram este objetivo e conseguiram atingir as metas muito antes do que foi proposto. Significa um aumento da produção de automóveis da marca em Portugal", disse ainda. Neste momento a fábrica produz já cerca de 32% da energia que consome, com origem em mais de 6.000 painéis solares instalados nos telhados da unidade, mas a ambição é chegar a 2025 com uma percentagem de 50% de autoconsumo de eletricidade.
"Mangualde é uma unidade com raízes portuguesas, com mais de sessenta anos de história. Esta fábrica, que é uma das três melhores do mundo nos mais exigentes requisitos de qualidade e inovação conta com uma equipa de excelência que, pôs mãos-à-obra e não só cumpriu, como ultrapassou o objetivo inicial de arrancar com a produção de veículos elétricos, prevista inicialmente para 2025. Daqui só podemos tirar bons exemplos", disse.
Por seu lado, o ministro da Economia prestou homenagem à indústria nacional e ao CEO da Stellantis, Carlos Tavares, que classificou como um dos melhores gestores a nível mundial. "Este projeto é um exemplo do que pode e deve ser a economia portuguesa. Um projeto virado para a exportação e a internacionalização, numa área crítica como é a da mobilidade sustentável, e que integra toda uma cadeia de valor. É possível um maior salto de industrialização da economia portuguesa, e o exemplo está aqui. Agora é replicar", disse Pedro Reis.
Carlos Tavares, que há três anos seguidos recebe Marcelo em Mangualde (depois das visitas de 2022 e 2023), classificou o arranque da produção de elétricos em Portugal como um "dia feliz" e uma "nova era" para a fábrica portuguesa, que a partir de agora passará a fabricar oito modelos diferentes de veículos movidos a baterias elétricas, de passageiros e mercadorias. E sublinhou: "Conseguimos antecipar a produção em mais de um ano".
Para o CEO da Stellantis, este é um passo decisivo para "combater as marcas chinesas que estão a surgir no mercado europeu", garantindo que a empresa que dirige é hoje a número dois a nível mundial mas "está na corrida para chegar ao topo e ser líder de vendas". O responsável falou também de uma competição renhida com a Tesla, em termos de preços e autonomia dos elétricos.
No dia em que comemorou o arranque da produção de elétricos em Portugal, a Stellantis assinalou também a entrega de 719 veículos elétricos ao Serviço Nacional de Saúde, depois de ter sido a vencedora de um concurso público levado a cabo pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde no ano passado, para a compra de veículos elétricos que vão equipar unidades do Serviço Nacional de Saúde do Minho até ao Algarve.
No total, entre Peugeot E-Rifter (300) e Citroën ë-Berlingo (419), a Stellantis vai entregar 719 veículos elétricos, aos quais se juntam 600 estações de carregamento (Wall box de 11Kw/h), às cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a sete Unidades Locais de Saúde (ULS). Os veículos Peugeot e Citroën escolhidos para eletrificar a frota do SNS destinam-se a unidades de Cuidados Continuados de Apoio Domiciliário do Serviço Nacional de Saúde, no território continental português.
Neste negócio ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência da UE, que ascende a quase 21 milhões de euros, o SNS adquiriu mais de sete centenas de automóveis elétricos a bateria e sem emissões locais. "A Stellantis está profundamente comprometida com Portugal, na produção industrial, na criação de empregos, na geração de valor e disponibilizando um excelente portefólio de veículos", disse Carlos Tavares.
O alerta do chefe de Estado foi deixado numa visita à fábrica da Stellantis em Mangualde, no dia em que a empresa assinalou o início da produção de veículos elétricos nesta unidade em Portugal, que se encontra no top 3 das fábricas a nível mundial (de um total de 90) com menor custo de produção e maior competitividade. Neste momento a fábrica tem capacidade para produzir 12 viaturas (térmicas ou elétricas) por hora, podendo este número crescer para 17.
Sobre o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), Marcelo disse que o Governo tem de conseguir uma taxa de execução global na ordem dos 50% ou, pelo menos, duplicar a que tem sido registada até agora (23%). "Não temos todo o tempo do mundo para executar o PRR. O Estado tem de pôr os olhos na Stellantis e imitar este exemplo para aumentar a taxa de execução do PRR. São recursos únicos e limitados no tempo", disse Marcelo, acrescentando que a fábrica de automóveis em Mangualde é também um exemplo de como este tipo de projetos não estão dependentes de quem está no Governo. "Este investimento nasceu com outro primeiro-ministro e outro Governo, mas mantém-se com o atual Governo e o atual primeiro-ministro, disse.
"Da mesma maneira que com a Stellantis foi possível ter, em relação à agenda mobilizadora, 51% de cumprimento em um ano, é preciso que o PRR, todo ele, a taxa de cumprimento se aproxime dos 51% e os ultrapasse rapidamente. O ministro da Economia diz que a Stellantis é um exemplo para a economia portuguesa imitar. Eu diria também que é um exemplo para o Estado português imitar com fundos que são nesta dimensão únicos. Únicos no tempo e únicos na sua concentração imediata", concluiu.
No final da cerimónia, Marcelo Rebelo de Sousa disse ainda aos jornalistas que a taxa de execução do PRR, "apesar de uma recuperação que houve no ano passado, em relação a anos anteriores, está ainda muito baixa". "Uma diferença muito grande entre o dinheiro que temos disponível, que já está contratualizado e que já chegou às entidades intermédias, mas está em termos burocráticos a ter dificuldades em chegar ao destinatário final", disse, alertando que o tempo que está pela frente "é muito limitado" (dois anos e meio), já que o prazo final de execução do PRR é o final de 2026.
"Temos de recuperar rapidamente, sabemos que temos taxas de execução que são melhores de que outros países europeus, mas isso não nos consola, temos que melhorar", avisou.
O Presidente da República elogiou ainda como a unidade fabril da Stellantis em Portugal conseguiu adiantar em mais de um ano a produção de veículos elétricos: de outubro de 2025 para junho de 2024. "Este centro de produção é um dos melhores do mundo. É mérito dos trabalhadores, que assumiram este objetivo e conseguiram atingir as metas muito antes do que foi proposto. Significa um aumento da produção de automóveis da marca em Portugal", disse ainda. Neste momento a fábrica produz já cerca de 32% da energia que consome, com origem em mais de 6.000 painéis solares instalados nos telhados da unidade, mas a ambição é chegar a 2025 com uma percentagem de 50% de autoconsumo de eletricidade.
"Mangualde é uma unidade com raízes portuguesas, com mais de sessenta anos de história. Esta fábrica, que é uma das três melhores do mundo nos mais exigentes requisitos de qualidade e inovação conta com uma equipa de excelência que, pôs mãos-à-obra e não só cumpriu, como ultrapassou o objetivo inicial de arrancar com a produção de veículos elétricos, prevista inicialmente para 2025. Daqui só podemos tirar bons exemplos", disse.
Por seu lado, o ministro da Economia prestou homenagem à indústria nacional e ao CEO da Stellantis, Carlos Tavares, que classificou como um dos melhores gestores a nível mundial. "Este projeto é um exemplo do que pode e deve ser a economia portuguesa. Um projeto virado para a exportação e a internacionalização, numa área crítica como é a da mobilidade sustentável, e que integra toda uma cadeia de valor. É possível um maior salto de industrialização da economia portuguesa, e o exemplo está aqui. Agora é replicar", disse Pedro Reis.
Carlos Tavares, que há três anos seguidos recebe Marcelo em Mangualde (depois das visitas de 2022 e 2023), classificou o arranque da produção de elétricos em Portugal como um "dia feliz" e uma "nova era" para a fábrica portuguesa, que a partir de agora passará a fabricar oito modelos diferentes de veículos movidos a baterias elétricas, de passageiros e mercadorias. E sublinhou: "Conseguimos antecipar a produção em mais de um ano".
Para o CEO da Stellantis, este é um passo decisivo para "combater as marcas chinesas que estão a surgir no mercado europeu", garantindo que a empresa que dirige é hoje a número dois a nível mundial mas "está na corrida para chegar ao topo e ser líder de vendas". O responsável falou também de uma competição renhida com a Tesla, em termos de preços e autonomia dos elétricos.
No dia em que comemorou o arranque da produção de elétricos em Portugal, a Stellantis assinalou também a entrega de 719 veículos elétricos ao Serviço Nacional de Saúde, depois de ter sido a vencedora de um concurso público levado a cabo pelos Serviços Partilhados do Ministério da Saúde no ano passado, para a compra de veículos elétricos que vão equipar unidades do Serviço Nacional de Saúde do Minho até ao Algarve.
No total, entre Peugeot E-Rifter (300) e Citroën ë-Berlingo (419), a Stellantis vai entregar 719 veículos elétricos, aos quais se juntam 600 estações de carregamento (Wall box de 11Kw/h), às cinco Administrações Regionais de Saúde (ARS) e a sete Unidades Locais de Saúde (ULS). Os veículos Peugeot e Citroën escolhidos para eletrificar a frota do SNS destinam-se a unidades de Cuidados Continuados de Apoio Domiciliário do Serviço Nacional de Saúde, no território continental português.
Neste negócio ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência da UE, que ascende a quase 21 milhões de euros, o SNS adquiriu mais de sete centenas de automóveis elétricos a bateria e sem emissões locais. "A Stellantis está profundamente comprometida com Portugal, na produção industrial, na criação de empregos, na geração de valor e disponibilizando um excelente portefólio de veículos", disse Carlos Tavares.