As empresas interessadas em investir em Angola têm neste momento investimentos na ordem dos 550 milhões de euros congelados por se terem esgotado as linhas de crédito disponibilizadas pelo Governo português.

Actualmente, a Companhia de Seguro de Créditos (COSEC) tem na sua posse projectos de investimentos portugueses em Angola na ordem dos 370 milhões de euros à espera de poderem ser analisados pelo Governo de José Eduardo dos Santos.

No entanto, o processo encontra-se congelado uma vez que a linha de crédito comercial de 300 milhões de euros, inaugurada durante a última visita de José Sócrates a Luanda, encontra-se esgotada desde o final de 2006.

O cenário foi ontem descrito pelo próprio presidente da COSEC, em Lisboa, durante a conferência "Investimento Público e Privado - parcerias e Financiamento em Angola", promovida pela CCIPA. José Gomes da Costa explicou ao Jornal de Negócios que os projectos em causa "estão em "stand-by" e foram aparecendo durante o último ano, depois de esgotada a linha de crédito" disponibilizada pelo Governo.

Aos investimentos em lista de espera na COSEC devem juntar-se os projectos pendentes no Ministério das Finanças angolano, no valor de 180 milhões de euros, que aguardam cabimento na linha de crédito para poderem terem prioridade. Contas feitas, pelo menos 550 milhões de euros de investimento português em Angola estão congelados à espera que o Governo alargue as linhas de crédito existentes, ou se decida por avançar com outras alternativas.