Notícia
Maior acordo comercial do mundo já está em vigor e promete revolucionar trocas no Pacífico
Parceria Económica Abrangente Regional entrou em vigor a 1 de janeiro. Acordo cria uma zona livre de comércio, que abrange 15 países da Ásia-Pacífico e promete vários benefícios aos signatários, entre os quais a redução de até 92% das taxas alfandegárias.
O maior acordo comercial do mundo já está em vigor. Chama-se Parceria Económica Abrangente Regional (RCEP, na sigla em inglês) e foi assinado por 15 países da Ásia-Pacífico. Ao todo, engloba cerca de um terço da população mundial e é visto como uma vitória geopolítica da China na liberalização do comércio, apesar da incerteza provocada pela covid-19.
O acordo entrou formalmente em vigor a 1 de janeiro deste ano. Na prática, cria uma zona livre de comércio, que abrange a China, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália e outras dez economias do Sudeste Asiático (Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietname, Birmânia, Camboja, Laos e Brunei). Assim, o RCEP cobre mais de 30% da população e da riqueza produzida em todo o mundo.
Assinado em novembro de 2020, o mega acordo comercial resulta de vários anos de negociações que começaram em 2012, com a China a apresentar uma proposta de uma aliança no Pacífico para dar resposta aos planos do então presidente norte-americano Barack Obama de avançar com o Acordo Transpacífico (TPP, sigla em inglês).
O TPP de Barack Obama acabou por ser descartado pelo seu sucessor, Donald Trump, mas ainda assim a China não desistiu dos planos para implementar o RCEP.
"Vitória" para a China com "benefícios" para a região
O acordo é encarado como "um grande passo para a liberalização do comércio e dos investimentos" na Ásia-Pacífico e assegura vários benefícios aos signatários, entre os quais a redução de até 92% das taxas alfandegárias nas trocas comerciais, o acesso facilitado a um mercado abrangente de países importadores e exportadores e mais certezas sobre os investimentos realizados.
"O RCEP é um sinal importante para o resto do mundo de que os países membros veem a integração e a colaboração como uma forma importante de continuar a impulsionar o crescimento económico da região", defende o ministro do Comércio de Singapura, Gan Kim Yong, em citado pela CNBC.
Apesar de a covid-19 ter provocado contrangimentos com a escassez de mão de obra e dos principais componentes e matérias-primas, Gan Kim Yong está confiante de que o RCEP irá contribuir para que as cadeias de abastecimento se tornem "mais resilientes" e trará benefícios económicos significativos para a região.
Mas nem todos os países da região concordam com as mais-valias do acordo, como é o caso da Índia. O país tinha dado inicialmente sinais de querer aderir ao acordo comercial mas acabou por se retirar posteriormente, com receio de que a entrada massiva de produtos chineses baratos pudesse prejudicar o seu mercado interno.
O acordo entrou formalmente em vigor a 1 de janeiro deste ano. Na prática, cria uma zona livre de comércio, que abrange a China, Japão, Coreia do Sul, Nova Zelândia e Austrália e outras dez economias do Sudeste Asiático (Indonésia, Tailândia, Singapura, Malásia, Filipinas, Vietname, Birmânia, Camboja, Laos e Brunei). Assim, o RCEP cobre mais de 30% da população e da riqueza produzida em todo o mundo.
O TPP de Barack Obama acabou por ser descartado pelo seu sucessor, Donald Trump, mas ainda assim a China não desistiu dos planos para implementar o RCEP.
"Vitória" para a China com "benefícios" para a região
O acordo é encarado como "um grande passo para a liberalização do comércio e dos investimentos" na Ásia-Pacífico e assegura vários benefícios aos signatários, entre os quais a redução de até 92% das taxas alfandegárias nas trocas comerciais, o acesso facilitado a um mercado abrangente de países importadores e exportadores e mais certezas sobre os investimentos realizados.
"O RCEP é um sinal importante para o resto do mundo de que os países membros veem a integração e a colaboração como uma forma importante de continuar a impulsionar o crescimento económico da região", defende o ministro do Comércio de Singapura, Gan Kim Yong, em citado pela CNBC.
Apesar de a covid-19 ter provocado contrangimentos com a escassez de mão de obra e dos principais componentes e matérias-primas, Gan Kim Yong está confiante de que o RCEP irá contribuir para que as cadeias de abastecimento se tornem "mais resilientes" e trará benefícios económicos significativos para a região.
Mas nem todos os países da região concordam com as mais-valias do acordo, como é o caso da Índia. O país tinha dado inicialmente sinais de querer aderir ao acordo comercial mas acabou por se retirar posteriormente, com receio de que a entrada massiva de produtos chineses baratos pudesse prejudicar o seu mercado interno.