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Macau praticamente fechado, quem não usar máscara arrisca prisão

Mercados, supermercados, farmácias, estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde e restaurantes são exceção às novas regras.

3.º Macau, China
Bobby Yip
09 de Julho de 2022 às 16:16
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Macau vai encerrar, a partir de segunda-feira, todas as atividades comerciais não essenciais, incluindo casinos, anunciaram hoje as autoridades, referindo que a não utilização de máscaras KN95 ou "de padrão superior" e a permanência na rua está proibida.

"[Entre] 11 a 18 de julho, vão ser suspensos todos os serviços comerciais, mantendo alguns serviços essenciais aos cidadãos, para melhor controlar a transmissão de epidemia", disse o secretário para a Administração e Justiça de Macau durante a conferência diária da Saúde.

Citando um despacho do Chefe do Executivo, publicado esta tarde em Boletim Oficial, André Cheong referiu que estão excluídas da nova medida as entidades que "prestam serviços públicos essenciais", como o fornecimento de água, eletricidade ou transportes públicos.

Também os mercados, supermercados, farmácias, estabelecimentos de prestação de cuidados de saúde e restaurantes são exceção às novas regras.

"Todas as pessoas têm de permanecer no domicílio, salvo por motivos de trabalho necessário e compra de bens básicos para a vida quotidiana ou por outros motivos urgentes", nota ainda o despacho, sublinhando que, na rua, os adultos são obrigados "a usar máscaras do tipo KN95 ou de padrão superior".

André Cheong realçou que "desta vez" a permanência em casa ou a utilização da máscara não são "um apelo", mas sim uma "exigência legal" e a violação destas regras pode ser "punida com uma pena de prisão de até dois anos ou até 240 dias de multa".

No domingo, tem início uma nova série de quatro rondas de testagem massiva da população para controlar o atual surto de covid-19, que causou dois mortos e mais de 1.300 infetados.

Com esta nova ronda, o número de testagens massivas vai totalizar dez num só mês, uma estratégia que, segundo a secretária para os Assuntos Sociais e Cultura, que tem a pasta da Saúde, pretende "atingir uma meta dinâmica de infeção zero".

"[Com] mais testagens massivas contínuas, achamos que vamos atingir o nosso objetivo", apontou Elsie Ao Ieong.

"De acordo com uma análise da quarta à sexta ronda da testagem massiva, verificámos uma redução dos casos descobertos, nomeadamente na quarta ronda descobrimos 94 casos, na quinta foram 41 casos e na sexta um número menor", acrescentou.

A população está obrigada também a realizar testes diários antigénio e a carregar a imagem com o resultado para uma plataforma 'online'.

Milhares de pessoas estão em quarentena em hotéis e partes da cidade estão isoladas, um número que também tem crescido diariamente.

As autoridades têm sublinhado que seguem a política de Pequim de casos zero, mas afastam, para já, o cenário de confinamento geral, uma prática habitual no interior da China.
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