Notícia
Luís Montenegro propõe recuperação "do tempo possível" de serviço dos professores
O presidente do PSD não esclareceu o que entende por "tempo possível", remetendo para o debate sobre educação agendado pelo partido para a próxima semana, na Assembleia da República.
12 de Fevereiro de 2023 às 14:58
O presidente do PSD propôs este domingo a "recuperação do tempo possível" de serviço dos professores e apelou ao Governo e aos sindicatos que encontrem "um equilíbrio", defendendo que um acordo "é do interesse de todos".
"Valorizar a carreira dos professores com regras de progressão, de recuperação do tempo possível face àquilo que o país teve de viver fruto das irresponsabilidades do passado, é um desígnio também do PSD", afirmou Luís Montenegro, que discursava no encerramento do XV Congresso Nacional dos Trabalhadores Social-Democratas, em Lisboa.
Instado pelos jornalistas a clarificar o que quis dizer com "tempo possível", o líder do PSD não respondeu e remeteu para o debate sobre educação agendado pelo partido para a próxima semana, na Assembleia da República.
No seu discurso, Luís Montenegro considerou que o Governo é "o único que tem a responsabilidade de conduzir" a negociação com os professores, e que "essa negociação, é do interesse de todos, deve ter frutos o quanto antes, porque os prejuízos são dos professores, mas os prejuízos são também dos alunos e das suas famílias".
"Olhemos para a condição de um professor, olhemos para a sua desmotivação, para o facto de hoje perder tanto tempo em tarefas burocráticas e administrativas e menos em tarefas pedagógicas, olhemos para essa dificuldade que é estar muitas vezes tão longe de casa, mas também olhemos para aquele aluno que não tem aulas e que está a ficar com as suas aprendizagens para trás, e olhemos para aquela família cujos progenitores ou faltam ao trabalho ou então ficam de mãos atadas porque os filhos não têm escola", elencou.
O presidente do PSD considerou necessário "olhar para cada um" e "arranjar aqui um equilíbrio".
"Eu lanço daqui esse apelo a todos: aos sindicatos, professores, aos pais e aos alunos, mas sobretudo ao Governo", afirmou Montenegro, salientando: "o Governo não pode ignorar aquilo que está a acontecer".
"O ministro da Educação e sobretudo o primeiro-ministro de Portugal não podem fazer de conta que a escola em Portugal está a atravessar esta dificuldade e que isto tem consequências que vamos pagar no futuro. Nós temos de arranjar uma solução, só assim conseguimos ter a igualdade de oportunidades que nos caracteriza", salientou o social-democrata.
Esta posição do líder do PSD foi transmitida um dia após uma manifestação nacional de professores que decorreu em Lisboa e que juntou mais de 150 mil pessoas, segundo a organização.
Os docentes exigem a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de serviço não contabilizados pelo Governo no âmbito do descongelamento das carreiras.
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
As negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.
"Valorizar a carreira dos professores com regras de progressão, de recuperação do tempo possível face àquilo que o país teve de viver fruto das irresponsabilidades do passado, é um desígnio também do PSD", afirmou Luís Montenegro, que discursava no encerramento do XV Congresso Nacional dos Trabalhadores Social-Democratas, em Lisboa.
No seu discurso, Luís Montenegro considerou que o Governo é "o único que tem a responsabilidade de conduzir" a negociação com os professores, e que "essa negociação, é do interesse de todos, deve ter frutos o quanto antes, porque os prejuízos são dos professores, mas os prejuízos são também dos alunos e das suas famílias".
"Olhemos para a condição de um professor, olhemos para a sua desmotivação, para o facto de hoje perder tanto tempo em tarefas burocráticas e administrativas e menos em tarefas pedagógicas, olhemos para essa dificuldade que é estar muitas vezes tão longe de casa, mas também olhemos para aquele aluno que não tem aulas e que está a ficar com as suas aprendizagens para trás, e olhemos para aquela família cujos progenitores ou faltam ao trabalho ou então ficam de mãos atadas porque os filhos não têm escola", elencou.
O presidente do PSD considerou necessário "olhar para cada um" e "arranjar aqui um equilíbrio".
"Eu lanço daqui esse apelo a todos: aos sindicatos, professores, aos pais e aos alunos, mas sobretudo ao Governo", afirmou Montenegro, salientando: "o Governo não pode ignorar aquilo que está a acontecer".
"O ministro da Educação e sobretudo o primeiro-ministro de Portugal não podem fazer de conta que a escola em Portugal está a atravessar esta dificuldade e que isto tem consequências que vamos pagar no futuro. Nós temos de arranjar uma solução, só assim conseguimos ter a igualdade de oportunidades que nos caracteriza", salientou o social-democrata.
Esta posição do líder do PSD foi transmitida um dia após uma manifestação nacional de professores que decorreu em Lisboa e que juntou mais de 150 mil pessoas, segundo a organização.
Os docentes exigem a recuperação dos seis anos, seis meses e 23 dias de serviço não contabilizados pelo Governo no âmbito do descongelamento das carreiras.
No início do ano letivo, a tutela decidiu iniciar um processo negocial para rever o modelo de contratação e colocação de professores, mas algumas propostas deixaram os professores revoltados, como foi o caso da possibilidade de os diretores poderem escolher parte da sua equipa.
As negociações entre sindicatos e ministério têm decorrido em ambiente de forte contestação, com os professores a realizarem greves e manifestações.
Fora da agenda negocial, estão reivindicações que os professores dizem que não vão abandonar, tais como a recuperação do tempo de serviço ou as progressões na carreira que os docentes.