Notícia
Líderes europeus exigem mais detalhes sobre o plano orçamental grego
Os líderes da União Europeia, que estarão reunidos amanhã em Bruxelas, vão pressionar a Grécia a apresentar mais detalhes sobre o seu plano orçamental, revelou um membro do Governo alemão.
10 de Fevereiro de 2010 às 16:41
Os líderes da União Europeia, que estarão reunidos amanhã em Bruxelas, vão pressionar a Grécia a apresentar mais detalhes sobre o seu plano orçamental, revelou um membro do Governo alemão.
Os 27 vão tentar, por agora, estancar os rumores de que a região vai fornecer ajuda à Grécia. Ainda assim, Markus Ferber, membro da coligação no poder na Alemanha, adiantou que a Alemanha e a Grécia estão a analisar essa possibilidade mas que esta só ocorrerá mediante "condições muito severas".
Segundo a agência Bloomberg, o ministro das Finanças alemão, Wolfgang Schaeuble, explicou esta manhã a alguns deputados que as hipóteses de ajuda não passam apenas por garantias de empréstimos e que a regras europeias são mais flexíveis do que o Governo alemão pensava inicialmente.
Os Tratados europeus impedem que um país membro do euro possa ser resgatado pelos seus parceiros caso este não consiga honrar os seus compromissos perante os credores. No entanto, a proibição de socorro mútuo apenas se aplica a um financiamento monetário directo de Governos ou de outras instituições públicas através do Banco Central Europeu ou dos bancos centrais nacionais, havendo outras opções.
Os governos da Zona Euro podem, por exemplo, emprestar ou pedir emprestado a outros, no quadro das suas operações de gestão de tesouraria. Os Estados-membros podem ainda reforçar a capacidade de empréstimo de instituições como o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e de o fazer a favor dos países com maiores dificuldades de acesso ao crédito.
Por agora, os Estados-membros ainda não tomaram nenhuma decisão quanto a uma possível ajuda à Grécia – e no caso de ela ser aprovada, sobre a forma como vai ser fornecida –, no entanto, parecem querer estancar as notícias que dão como certo um plano de ajuda à Grécia.
Os rumores acentuaram-se ontem após as declarações do novo comissário europeu dos assuntos económicos e de um deputado do partido alemão CDU. Michael Meister afirmou que a Alemanha estava a preparar um pacote de ajuda, informação que foi prontamente desmentida pelo porta-voz de Angela Merkel.
Para o economista-chefe do Commerzbank "é óbvio" que a ajuda à Grécia já está a ser delineada. "A União Europeia quer garantir que responde a tempo e não no último minuto", afirmou Joerg Kraemer.
Já o economista político Henrik Enderlein considera que os governos europeus têm pela frente um caminho difícil e enfrentam um dilema: ou repõem a confiança, sabendo que não há razões técnicas para a Grécia entrar em incumprimento, ou evitam um "resgate de larga escala".
A decisão dos líderes europeus só deverá ser conhecida amanhã quando estes se reunirem em Bruxelas para mais uma cimeira europeia.
Os 27 vão tentar, por agora, estancar os rumores de que a região vai fornecer ajuda à Grécia. Ainda assim, Markus Ferber, membro da coligação no poder na Alemanha, adiantou que a Alemanha e a Grécia estão a analisar essa possibilidade mas que esta só ocorrerá mediante "condições muito severas".
Os Tratados europeus impedem que um país membro do euro possa ser resgatado pelos seus parceiros caso este não consiga honrar os seus compromissos perante os credores. No entanto, a proibição de socorro mútuo apenas se aplica a um financiamento monetário directo de Governos ou de outras instituições públicas através do Banco Central Europeu ou dos bancos centrais nacionais, havendo outras opções.
Os governos da Zona Euro podem, por exemplo, emprestar ou pedir emprestado a outros, no quadro das suas operações de gestão de tesouraria. Os Estados-membros podem ainda reforçar a capacidade de empréstimo de instituições como o Banco Europeu de Investimentos (BEI) e de o fazer a favor dos países com maiores dificuldades de acesso ao crédito.
Por agora, os Estados-membros ainda não tomaram nenhuma decisão quanto a uma possível ajuda à Grécia – e no caso de ela ser aprovada, sobre a forma como vai ser fornecida –, no entanto, parecem querer estancar as notícias que dão como certo um plano de ajuda à Grécia.
Os rumores acentuaram-se ontem após as declarações do novo comissário europeu dos assuntos económicos e de um deputado do partido alemão CDU. Michael Meister afirmou que a Alemanha estava a preparar um pacote de ajuda, informação que foi prontamente desmentida pelo porta-voz de Angela Merkel.
Para o economista-chefe do Commerzbank "é óbvio" que a ajuda à Grécia já está a ser delineada. "A União Europeia quer garantir que responde a tempo e não no último minuto", afirmou Joerg Kraemer.
Já o economista político Henrik Enderlein considera que os governos europeus têm pela frente um caminho difícil e enfrentam um dilema: ou repõem a confiança, sabendo que não há razões técnicas para a Grécia entrar em incumprimento, ou evitam um "resgate de larga escala".
A decisão dos líderes europeus só deverá ser conhecida amanhã quando estes se reunirem em Bruxelas para mais uma cimeira europeia.