Notícia
Lagarde insiste e pede avanços na união dos mercados de capitais
A responsável sublinhou a necessidade desta integração num contexto de declínio da inovação e de aumento das tensões geopolíticas.
22 de Novembro de 2024 às 17:25
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, insistiu esta sexta-feira na conclusão da união dos mercados de capitais (UMC) na União Europeia, perante as ameaças crescentes ao livre comércio e o aumento da diferença tecnológica dos EUA.
Na abertura do Congresso Bancário Europeu, na sua 34.ª edição, em Frankfurt, Lagarde referiu que os mercados de capitais da UE estão fragmentados e impedem que as poupanças sejam canalizadas para investimento, como a digitalização, noticia a Efe.
"Para aqueles que pensam que sou repetitiva, não vos vou desiludir", brincou a presidente do BCE, recordando que já tinha feito o apelo na abertura da edição anterior.
Desta feita, a responsável sublinhou a necessidade desta integração num contexto de declínio da inovação e de aumento das tensões geopolíticas.
Christine Lagarde criticou ainda o processo desde 2015, apontando que foram apresentadas 55 propostas políticas e 50 iniciativas não legislativas mas que não houve nenhum aprofundamento do tema.
"Isto permitiu que a UMC fosse esmagada por interesses nacionais que veem uma ou outra iniciativa como uma ameaça", acrescentou Lagarde.
A responsável acrescentou que os líderes europeus estão conscientes do problema e dispostos a agir, ainda que não o tenham feito.
"A falta de progressos deve-se, em grande parte, à definição vaga da UMC e à abordagem legislativa fragmentada que isto provoca", apontou.
Lagarde pediu que para restaurar o dinamismo da economia, se aplique a tónica sobre medidas para melhorar a entrada, expansão e saída de poupanças, recordando que estas não entram de forma significativa nos mercados de capitais porque estão concentradas em depósitos de baixo rendimento.
"Se as famílias da UE alinhassem o seu rácio de depósitos em relação aos ativos financeiros com o das famílias dos Estados Unidos da América, um stock de oito biliões de euros poderia ser redirecionado para investimentos a longo prazo, o que poderia equivaler a um fluxo de cerca de 350.000 milhões de euros por ano", registou.
As famílias europeias contam com cerca de 11,5 biliões de euros em numerário e depósitos, cerca de um terço do total dos ativos financeiros e muito acima da dinâmica norte-americana, regista a Efe.
Nesse sentido, a presidente do BCE propôs a criação de uma norma europeia de poupança que remediasse esta situação e oferecesse produtos de investimento acessíveis, transparentes e económicas.
De igual forma, por estarem concentradas em depósitos de baixo rendimento, estes ativos acabam por ficar retidos a nível nacional e não circulam pelo ecossistema europeu.
Na abertura do Congresso Bancário Europeu, na sua 34.ª edição, em Frankfurt, Lagarde referiu que os mercados de capitais da UE estão fragmentados e impedem que as poupanças sejam canalizadas para investimento, como a digitalização, noticia a Efe.
Desta feita, a responsável sublinhou a necessidade desta integração num contexto de declínio da inovação e de aumento das tensões geopolíticas.
Christine Lagarde criticou ainda o processo desde 2015, apontando que foram apresentadas 55 propostas políticas e 50 iniciativas não legislativas mas que não houve nenhum aprofundamento do tema.
"Isto permitiu que a UMC fosse esmagada por interesses nacionais que veem uma ou outra iniciativa como uma ameaça", acrescentou Lagarde.
A responsável acrescentou que os líderes europeus estão conscientes do problema e dispostos a agir, ainda que não o tenham feito.
"A falta de progressos deve-se, em grande parte, à definição vaga da UMC e à abordagem legislativa fragmentada que isto provoca", apontou.
Lagarde pediu que para restaurar o dinamismo da economia, se aplique a tónica sobre medidas para melhorar a entrada, expansão e saída de poupanças, recordando que estas não entram de forma significativa nos mercados de capitais porque estão concentradas em depósitos de baixo rendimento.
"Se as famílias da UE alinhassem o seu rácio de depósitos em relação aos ativos financeiros com o das famílias dos Estados Unidos da América, um stock de oito biliões de euros poderia ser redirecionado para investimentos a longo prazo, o que poderia equivaler a um fluxo de cerca de 350.000 milhões de euros por ano", registou.
As famílias europeias contam com cerca de 11,5 biliões de euros em numerário e depósitos, cerca de um terço do total dos ativos financeiros e muito acima da dinâmica norte-americana, regista a Efe.
Nesse sentido, a presidente do BCE propôs a criação de uma norma europeia de poupança que remediasse esta situação e oferecesse produtos de investimento acessíveis, transparentes e económicas.
De igual forma, por estarem concentradas em depósitos de baixo rendimento, estes ativos acabam por ficar retidos a nível nacional e não circulam pelo ecossistema europeu.