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Itália poderá enfrentar nova onda de austeridade

Senado italiano é hoje chamado a votar um plano de austeridade no valor de 54 mil milhões de euros. No entanto, o presidente da Comissão de Finanças do Senado já veio dizer que não será suficiente, e que o país vai precisar de mais um programa de ajustamento dentro de um mês.

07 de Setembro de 2011 às 15:51
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Itália poderá necessitar de um novo plano de austeridade já no próximo mês, para além daquele que será hoje sujeito a aprovação no Senado, no valor de 54 mil milhões de euros.

Quem o diz é Mario Baldassari, presidente da Comissão de Finanças do Senado italiano, que defende que o plano que foi traçado, e que será objecto de votação, não é suficiente para convencer o Banco Central Europeu (BCE) a prosseguir com a compra de obrigações do país.

“Até quando o BCE vai continuar a comprar Obrigações do Tesouro italiano? Poderemos necessitar de um novo plano de austeridade dentro de três ou quatro semanas, que será a verdadeira resposta para a Comissão Europeia e para os mercados”, afirmou o responsável em entrevista, citado pela Bloomberg.

O Governo de Berlusconi convocou ontem um Conselho de Ministros extraordinário para apresentar uma moção de confiança sobre o novo plano de austeridade, que foi anunciado a 12 de Agosto, após a adopção de um primeiro pacote de 48 mil milhões de euros em Julho.

Com votação marcada para o final do dia de hoje, o actual pacote de medidas deveria permitir ao país alcançar o equilíbrio orçamental em 2013, reduzindo a dívida. Entre elas destaca-se o aumento do IVA para 21%, uma taxa de 3% sobre rendimentos superiores a 500 mil euros, e o aumento da idade da reforma para as mulheres a partir de 2014.

No entanto, para garantir o apoio do BCE, Itália poderá ter de ir mais longe e adoptar mais um programa de ajustamento (para além do que será votado hoje) “com mais cortes na despesa, e não aumento de impostos, e com mais reformas estruturais em termos de liberalização, privatizações e venda de edifícios públicos”, defendeu Baldassari, acrescentando que o plano actual assenta demasiado em medidas pensadas para o combate à evasão fiscal.

No caso de ser aprovado pelo Senado, o programa terá de ser sujeito ao escrutínio da Câmara dos Deputados, o que poderá acontecer ainda esta semana.
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