Notícia
Islândia vai ser primeiro país a exigir prova de igualdade salarial às empresas
A Islândia vai ser o primeiro país do mundo a obrigar os empregadores a provar que pagam o mesmo salário para trabalho igual, independentemente do género, etnia, sexualidade ou nacionalidade, anunciou o governo esta quarta-feira, Dia Internacional da Mulher.
08 de Março de 2017 às 15:42
O executivo afirmou que vai submeter a proposta de lei ao parlamento, ainda este mês, a requerer que todos os empregadores com mais de 25 funcionários obtenham certificação a provar que pagam o mesmo salário por trabalho idêntico.
Outros países e o estado norte-americano do Minnesota têm políticas de certificação de igualdade salarial, mas a Islândia deverá ser a primeira nação a tornar esta certificação obrigatória para empresas públicas e privadas.
O país, uma ilha no Atlântico Norte com uma população de cerca de 300 mil pessoas, quer erradicar a desigualdade salarial entre géneros até 2022.
O ministro para a Igualdade e Assuntos Sociais islandês, Thorsteinn Viglundsson, afirmou que "chegou a altura de fazer algo radical sobre esta questão".
"Salário igual é um direito humano", sublinhou. "Precisamos de garantir que homens e mulheres têm oportunidades iguais no local de trabalho. É a nossa responsabilidade tomar todas as medidas necessárias para conquistar isso".
O Fórum Económico Mundial coloca a Islândia como melhor país do mundo na igualdade de género, mas as islandesas ainda ganham, em média, entre 14 e 18% menos do que os islandeses.
Em Outubro, milhares de islandesas saíram do trabalho às 14:38 para se manifestarem junto ao parlamento contra a desigualdade salarial de género.
De acordo com cálculos dos grupos de defesa dos direitos das mulheres, a partir daquela hora as mulheres trabalham de graça.
A nova legislação deverá ser aprovada pelo parlamento islandês, uma vez que tem o apoio do governo e dos deputados da oposição. O executivo espera aplicar as novas medidas até 2020.
Viglundsson afirmou que algumas pessoas argumentaram que a nova lei impunha burocracia desnecessária às empresas porque a desigualdade salarial estava a diminuir.
Esta lei representa "mais obrigações para as empresas", reconheceu o ministro.
"Mas o governo está sempre a impor novas obrigações às empresas referentes a auditorias aos balanços anuais ou ao pagamento de impostos. Temos que nos atrever a dar novos passos, a ser ousados na luta contra a injustiça", afirmou Viglundsson.
Outros países e o estado norte-americano do Minnesota têm políticas de certificação de igualdade salarial, mas a Islândia deverá ser a primeira nação a tornar esta certificação obrigatória para empresas públicas e privadas.
O ministro para a Igualdade e Assuntos Sociais islandês, Thorsteinn Viglundsson, afirmou que "chegou a altura de fazer algo radical sobre esta questão".
"Salário igual é um direito humano", sublinhou. "Precisamos de garantir que homens e mulheres têm oportunidades iguais no local de trabalho. É a nossa responsabilidade tomar todas as medidas necessárias para conquistar isso".
O Fórum Económico Mundial coloca a Islândia como melhor país do mundo na igualdade de género, mas as islandesas ainda ganham, em média, entre 14 e 18% menos do que os islandeses.
Em Outubro, milhares de islandesas saíram do trabalho às 14:38 para se manifestarem junto ao parlamento contra a desigualdade salarial de género.
De acordo com cálculos dos grupos de defesa dos direitos das mulheres, a partir daquela hora as mulheres trabalham de graça.
A nova legislação deverá ser aprovada pelo parlamento islandês, uma vez que tem o apoio do governo e dos deputados da oposição. O executivo espera aplicar as novas medidas até 2020.
Viglundsson afirmou que algumas pessoas argumentaram que a nova lei impunha burocracia desnecessária às empresas porque a desigualdade salarial estava a diminuir.
Esta lei representa "mais obrigações para as empresas", reconheceu o ministro.
"Mas o governo está sempre a impor novas obrigações às empresas referentes a auditorias aos balanços anuais ou ao pagamento de impostos. Temos que nos atrever a dar novos passos, a ser ousados na luta contra a injustiça", afirmou Viglundsson.