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Inflação na Zona Euro acelera para máximos de 13 anos

A taxa de inflação acelerou em setembro para 3,4%, superando as estimativas dos economistas. Em Portugal, a taxa de inflação situou-se em 1,3%.

O consumo caiu, não tanto por falta de rendimentos, mas pelas restrições e receio provocado pela pandemia.
Rob Engelaar/EPA
01 de Outubro de 2021 às 10:14
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O índice de preços no consumidor na Zona Euro avançou, em setembro, para 3,4%, máximos de 13 anos, ficando acima dos 3% registados em agosto e das previsões dos economistas, segundo os dados publicados pelo gabinete de estatísticas europeu Eurostat. Em Portugal, a taxa de inflação ficou-se pelos 1,3%, a segunda mais baixa da região. 

A taxa de inflação anual registou, assim, o quarto mês consecutivo de subidas, na região e superou as estimativas dos economistas consultados pela agência Bloomberg, que esperavam um crescimento para 3,3%. Já em Portugal, a taxa de inflação manteve-se em 1,3%, a segunda mais baixa da região - apenas Malta (0,7%) registou uma evolução inferior.

A subida do índice de preços tem sido liderada pela reabertura da economia, depois dos períodos de confinamento impostos para conter a pandemia e a expectativa do Banco Central Europeu (BCE) é que se trate de um efeito temporário, com o nível de inflação a regressar a valores normais em 2022.

"O nosso cenário de base continua a esperar que a inflação se mantenha abaixo do nosso objetivo a médio prazo", disse a presidente do BCE, Christine Lagarde, num debate com a comissão dos Assuntos Económicos do Parlamento Europeu (PE) numa referência ao novo objetivo do BCE de uma taxa de inflação anual de 2%.

A presidente do BCE explicou que, embora espere que a taxa aumente ainda mais este outono, ainda vê este aumento como "em grande parte temporário" e impulsionado principalmente pela subida dos preços do petróleo desde o ano passado, o fim da redução temporária do IVA na Alemanha e a escassez de materiais e equipamento que exercem pressão sobre os custos.

A subida dos preços da energias nas últimas semanas também tem pressionado a taxa de inflação. Os preos da energia subiram 1,3% em setembro e disparam mais de 17% face ao ano passado.

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