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Indicadores de clima económico e de confiança dos consumidores voltam a diminuir

Clima económico volta a cair, com especial relevo nos indicadores de confiança da indústria transformadora, do comércio e da construção e obras públicas.

29 de Novembro de 2010 às 10:45
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O indicador de clima económico diminuiu em Outubro e Novembro, após ter estabilizado nos três meses anteriores no valor mais elevado desde Setembro de 2008, segundo os dados do último boletim do Instituto Nacional de Estatística (INE) relativo aos inquéritos de conjuntura às empresas e aos consumidores.

Em Novembro, registaram-se agravamentos nos indicadores de confiança da indústria transformadora, da construção e obras públicas e do comércio, registando-se uma recuperação no indicador dos serviços.

Por seu lado, o indicador de confiança dos consumidores diminuiu significativamente, reforçando o movimento observado no mês anterior e retomando o perfil descendente iniciado em Novembro de 2009, sublinha o estudo do INE.

Por segmentos, o indicador de confiança da indústria transformadora diminuiu nos últimos dois meses, embora de forma ténue em Novembro, “interrompendo a acentuada trajectória ascendente iniciada em Março de 2009”.

O comportamento deste indicador no mês de referência deveu-se ao contributo negativo das opiniões sobre a procura global e das perspectivas de produção, mais forte no segundo caso, uma vez que as apreciações relativas aos “stocks” de produtos acabados contribuíram positivamente.

Confiança da construção e obras públicas: valor mais baixo de sete anos e meio

Por seu turno, o indicador de confiança da construção e obras públicas manteve a trajectória descendente iniciada em Agosto de 2009, atingindo o valor mais baixo desde Junho de 2003, refere o INE.

Em Novembro, esta diminuição reflectiu o agravamento das opiniões sobre a carteira de encomendas, já que as perspectivas de emprego recuperaram.

No comércio, o indicador de confiança tem vindo a diminuir continuamente desde Julho, invertendo o forte perfil ascendente iniciado em Maio de 2009. “O comportamento observado em Novembro resultou da redução observada em ambos os subsectores, comércio a retalho e comércio por grosso, mais intensa no primeiro caso”.

Em contrapartida, o indicador de confiança dos serviços recuperou este mês, interrompendo o movimento descendente iniciado em Abril.

A evolução observada deveu-se ao aumento dos SRE [saldo de respostas extremas – diferença ponderada entre as percentagens de respostas positivas e negativas] das apreciações sobre a actividade da empresa e das opiniões sobre a carteira de encomendas, mais expressivo no segundo caso, uma vez que o saldo das perspectivas de procura apresentou um agravamento.

“No entanto, considerando os respectivos valores efectivos, sem a utilização de médias móveis de três meses, é de notar que em Novembro os indicadores de confiança da indústria transformadora, da construção e obras públicas e do comércio recuperaram e o dos serviços diminuiu”, sublinha o boletim do INE.

Quanto à diminuição do indicador de confiança dos consumidores observado nos últimos dois meses, este resultou do contributo negativo de todas as componentes, mais significativo nos casos das expectativas sobre a evolução da situação económica do país e da situação financeira do agregado familiar. “Note-se que no mês de referência todas as componentes apresentaram contributos negativos mais expressivos do que em Outubro”, conclui o inquérito de conjuntura.

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