Notícia
Incêndios: Madeira só vai ajudar a reconstruir casas que estavam efectivamente habitadas
O presidente da Região Autónoma da Madeira, Miguel Albuquerque, prevê que a situação no Funchal fique mais calma esta quarta-feira. E deixa claro que a ajuda financeira que a região vai dar para recuperar casas destruídas só será concedida nos casos de residência efectiva.
Miguel Albuquerque fez um balanço da situação de incêndios no Funchal, tendo revelado que ainda a situação mais complicada esta quarta-feira é a da zona da calheta, que ainda tem vários focos de incêndio.
A perspectiva é de que a situação na ilha acalme esta quarta-feira, 10 de Agosto, dia em que a Madeira recebe também mais ajuda dos Açores e do Continente. "Acho que vamos ter, pelas condições naturais e previsões meteorológicas, uma situação mais calma", afirmou o presidente da Região Autónoma da Madeira em conferência de imprensa, transmitida pelas estações de televisão.
Além da melhoria do tempo, chegaram já ao Funchal "30 bombeiros dos Açores mais 30 de Lisboa." E "a partir do meio-dia temos mais três aviões" de combate aos incêndios e que vêm do Continente, e mais 80 pessoas, acrescentou o responsável.
Miguel Albuquerque adiantou ainda que deram entrada nas urgências 327 pessoas, devido a intoxicações por inalação de fumo e pequenas queimaduras, das quais 247 já tiveram alta, enquanto 80 continuam sob observação.
O balanço da situação revela ainda três mortos, na zona da Pena, na freguesia de Santa Luzia, na travessa Silvestre Quintino de Freitas, dois feridos graves, um desaparecido e cerca de mil desalojados, entre residentes e turistas.
Quanto às casas destruídas, Miguel Albuquerque não quis adiantar um número preciso, porque, diz, tem de ser feito um levantamento rigoroso. "Estamos a fazer o levantamento de quantas casas foram destruídas", sendo que o número indicativo de ontem apontava para 37 casas. "Mas tempos situações muito díspares", sublinhou. É preciso saber "o que é dano integral e o que é parcial; quais são as casas onde residiam pessoas" ou as que estavam abandonadas ou para recuperação para venda ou aluguer. "Não vamos fazer recuperação de casas abandonadas" ou as que não eram usadas para "residência efectiva", salientou o responsável.