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Impacto da greve na Autoeuropa é inferior a 5%

O coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, António Chora, reconhece que "numa altura em que tudo aumenta" é "difícil" convencer os trabalhadores a aderir à greve. A fábrica deverá hoje produzir 600 automóveis.

22 de Março de 2012 às 10:33
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A Autoeuropa deverá hoje produzir 600 automóveis, o que se traduzirá numa quebra inferior a 5% face à média diária de 625 unidades, adiantou ao Negócios o coordenador da Comissão de Trabalhadores da Autoeuropa, António Chora.

O mesmo responsável gostaria que a adesão à greve fosse maior na fábrica de Palmela, mas diz compreender que tal não aconteça. "Nós não confundimos greve geral com greve total", sublinhou António Chora.

"Compreendemos os trabalhadores. Numa altura em que tudo aumenta, desde a electricidade até à água, é difícil um trabalhador perder 40, 50, 60 ou 70 euros por fazer greve. Mais ainda tratando-se de famílias que aqui trabalham", disse o coordenador da Comissão de Trabalhadores.

A Autoeuropa apenas deverá fazer um balanço da adesão à greve no final do dia, mas o director geral da empresa, António Melo Pires, já havia ontem afirmado que este "vai ser um dia normal de trabalho". "Não prevemos uma grande disrupção no sistema de produção", disse Melo Pires à agência Lusa.

A Autoeuropa conta com cerca de 3.600 trabalhadores e é um dos maiores empregadores na região de Palmela, onde tem um parque de fornecedores que dá trabalho igualmente a vários milhares de pessoas.
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