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IL prefere eleições antecipadas a "um péssimo orçamento"

"Se é para ter um péssimo Orçamento, preferimos clarificação política e preferimos eleições", defendeu Rui Rocha.

MANUEL FERNANDO ARAUJO / LUSA_EPA
06 de Setembro de 2024 às 15:47
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O presidente da Iniciativa Liberal afirmou esta sexta-feira que prefere eleições legislativas antecipadas a "um péssimo" Orçamento do Estado para 2025 e avisou o Governo que aproximações ao PS dificultam o voto favorável dos liberais.

"O Presidente da República quase que diz que mais vale um mau Orçamento ou um péssimo Orçamento do que uma clarificação política. Nós dizemos que o país já perdeu tempo demais. (...) E, portanto, se é para ter um péssimo Orçamento, preferimos clarificação política e preferimos eleições", defendeu Rui Rocha, numa conferência de imprensa, em Lisboa.

O líder da IL foi questionado sobre as declarações do chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, que na quinta-feira considerou que "não se põe como viável" não haver Orçamento do Estado para 2025, escusando-se, porém, a responder o que tenciona fazer em caso de chumbo da proposta do Governo.

Rui Rocha considerou que "o país perdeu muitos anos com a gestão socialista" e que os portugueses escolheram uma mudança nas legislativas de março, fazendo um balanço negativo da governação do executivo minoritário PSD/CDS-PP seis meses após a tomada de posse.

"Se a AD [Aliança Democrática, coligação PSD/CDS-PP] não tem essa energia ou capacidade política de fazer essa mudança, então para mais do mesmo eu prefiro eleições a ter mais do mesmo", afirmou.

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, já condicionou a viabilização do orçamento às propostas do IRS Jovem e da descida de IRC do Governo e o executivo manifestou disponibilidade para negociar, mas Rui Rocha avisou hoje que quanto maior for a aproximação com os socialistas, maior será a distância face aos liberais, que continuam disponíveis para negociar "em boa-fé".

"Para o PS, descer impostos, sejam eles para empresas ou pessoas, é uma linha vermelha, e o PS não quer que se desçam impostos. Nós entendemos que há margem e é imperioso que se desçam impostos. (...) Quanto mais a AD se aproximar destas pretensões do PS mais distantes estaremos nós dessa posição que a AD possa vir a assumir", afirmou.
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