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Hugo Chávez diz enfrentar "grave problema" de insegurança herdado do capitalismo

O Presidente da Venezuela, Hugo Chávez, disse na segunda-feira que "não há um dia" que o seu Governo não enfrente "o grave problema" da insegurança no país, uma situação que diz ter sido herdada do "desastre do capitalismo".

04 de Setembro de 2012 às 14:21
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"É uma luta permanente que está em evolução e obriga a fazer ajustes, actualizações, revisões", disse.

Hugo Chávez falava durante um contacto telefónico com a direcção do Partido Socialista Unido da Venezuela, o seu partido, em resposta a acusações do principal candidato da oposição às presidenciais de Outubro, Henrique Capriles Radonski, que acusa o seu Governo de "fazer vista grossa" à insegurança no país.

"Não tenho dúvidas. Quem faz vista grossa a este tema é ele. Quando viram o candidato burguês, sendo governador (do Estado de Miranda) durante vários anos, assumir o tema da insegurança?", questionou, sublinhando que Miranda se converteu no Estado mais violento do país.

Durante o contacto telefónico, Hugo Chávez referiu-se insistentemente ao opositor como "irresponsável", "burguês", "lambe-botas" e acusou-o de estar a esconder "o mais extremista pacote neoliberal" para aplicar se chegar ao poder.

"Ele é o candidato da alta burguesia. Trata de esconder os seus vínculos com a alta burguesia (...) não se pode confiar num candidato assim. Nem a direita pode confiar nele", disse.

Dados oficiais divulgados em Junho último dão conta que 14.092 pessoas foram assassinadas na Venezuela, nos 12 meses anteriores.

Segundo o Observatório Venezuelano de Violência, em 2011 foram assassinadas 19.336 pessoas no país, naquele que é considerado o ano "mais violento da história nacional".

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