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Hospitais gastadores têm “três meses para se corrigir”

O ministro da Saúde deixou hoje um recado aos hospitais com maior crescimento da despesa: “Têm três meses para se corrigir”, afirmou em entrevista à agência Lusa. As unidades incumpridoras podem regressar ao Sector Público Administrativo.

19 de Setembro de 2006 às 09:37
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O ministro da Saúde deixou hoje um recado aos hospitais com maior crescimento da despesa: "Têm três meses para se corrigir", afirmou em entrevista à agência Lusa. As unidades incumpridoras podem regressar ao Sector Público Administrativo.

Citando um estudo iniciado em Julho deste ano e que abrangeu 26 hospitais - que representam 84 por cento de gastos com medicamentos nestas unidades de saúde -, o ministro da Saúde anunciou que a variação média mensal do consumo total foi de 3, 4%, entre 2005 e 2006.

Contudo, existem quatro hospitais onde a despesa com os medicamentos está a crescer a dois dígitos: Instituto Português de Oncologia de Lisboa (15%), IPO do Porto (13%), Hospital Joaquim Urbano, no Porto (10,4%) e Hospital São Teotónio, em Viseu (10%).

Sete hospitais têm um crescimento entre os cinco e os dez por cento: Guimarães (9,5%), Matosinhos (9,2%), Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental (8,9%), Barreiro (8,7%), IPO de Coimbra (7%), Faro (5,9%), Setúbal (5,1%) e Centro Hospitalar de Coimbra (5,1%).

Para os hospitais mais gastadores, o ministro deixou um recado: "Têm três meses para se corrigir". António Correia de Campos afirmou que a mudança da gestão, e até o regresso ao Sector Público Administrativo (SPA), no caso dos hospitais que são Entidade s Públicas Empresariais (EPE), são alguns dos "castigos" para as unidades incumpridoras.

O ministro quer aumentar o número de empresas (da indústria farmacêutica) que aderiu ao protocolo que visa conter a despesa com medicamentos nos hospitais até um máximo de quatro por cento ao ano. Actualmente, cerca de 40 por cento das empresas do sector aderiu ao protocolo, estando representadas as mais fortes.

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