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HCB pode antecipar em três anos pagamento de dívida da reversão da barragem   

A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) poderá  saldar mais cedo que o previsto a dívida de 700 milhões de dólares (479  milhões de euros) contraída junto do consórcio bancário BPI/Calyon para  o pagamento da reversão definitiva do empreendi

14 de Fevereiro de 2008 às 19:33
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A Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) poderá  saldar mais cedo que o previsto a dívida de 700 milhões de dólares (479  milhões de euros) contraída junto do consórcio bancário BPI/Calyon para  o pagamento da reversão definitiva do empreendimento.

De acordo com o presidente do conselho de administração da HCB, Paulo  Muxanga, citado pela Lusa, a manter-se o desempenho financeiro actual da empresa, o prazo  para pagamento da dívida poderá ser reduzido de dez para sete anos.  

"O tempo de pagamento da dívida pode ser dilatado para dez anos, mas  a liquidação dos valores pode realizar-se em apenas sete anos", disse Muxanga  ao jornal "Diário de Moçambique".  

A reversão definitiva para Moçambique de Cahora Bassa envolveu o pagamento  a Portugal de 950 milhões de dólares (650 milhões de euros), 250 milhões  (170 milhões de euros) dos quais foram pagos logo após a assinatura do respectivo acordo, a 31 de Outubro de 2006 em Maputo, pelo presidente moçambicano, Armando Guebuza, e pelo primeiro-ministro português, José Sócrates.  

A segunda "tranche" de 700 milhões de dólares (479 milhões de euros) foi financiada por um consórcio bancário composto pelo português BPI e pelo francês Calyon.  

O acordo de reversão da HCB transferiu para Moçambique 85% das acções da HCB barragem, bem como com a sua gestão efectiva, reduzindo Portugal a sua participação para 15% (anteriormente, Moçambique controlava 18% do empreendimento e Portugal 82%).

Entretanto, uma equipa da empresa canadiana Manitoba Hydro - a quarta maior empresa do sector no Canadá -, contratada para monitorizar as operações da HCB e fazer assessoria técnica após a reversão, efectuou na semana passada uma vistoria ao empreendimento, que concluiu com nota positiva.  

"O estado [da barragem] é óptimo e promete mais vida. Na avaliação que fizemos de acordo com as recomendações do Banco de Inglaterra, verificámos que as operações, preparação e acompanhamento técnico da barragem é muito bom", disse Nigel Wills, director-geral da Manitoba Hydro.  

Entretanto, o presidente do conselho de administração da HCB adiantou  que o Zimbabué tem vindo a saldar as suas dívidas com a empresa.  

No início de Janeiro, recorde-se, a HCB interrompeu o fornecimento de  energia eléctrica ao Zimbabué devido a uma dívida acumulada de 26 milhões  de dólares (cerca de 17 milhões de euros).     

O fornecimento acabaria por ser restabelecido cerca de duas semanas mais tarde, depois de a ZESA, empresa de produção e distribuição de energia eléctrica do Zimbabué, ter pago de imediato à HCB 10 milhões de dólares (6,7 milhões  de euros) e assumido o compromisso de saldar posteriormente o remanescente. 

Actualmente, a HCB fornece energia a Moçambique, África do Sul e Zimbabué,  havendo negociações para alargar a rede ao também vizinho Malauí. A capacidade da barragem suscita o interesse em várias partes do mundo.

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