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Governo rejeita redução de fundos europeus com alargamento da UE

O Governo rejeitou hoje, pela voz da ministra do Planeamento, Elisa Ferreira, a redução dos apoios comunitários após o alargamento previsto da União Europeia (UE), alertando para a necessidade de recuperar o atraso de Portugal em matéria de formação.

11 de Julho de 2001 às 19:26
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O Governo rejeitou hoje, pela voz da ministra do Planeamento, Elisa Ferreira, a redução dos apoios comunitários após o alargamento previsto da União Europeia (UE), alertando para a necessidade de recuperar o atraso de Portugal em matéria de formação.

Segundo Elisa Ferreira, os países que deverão integrar a UE, nomeadamente os oriundos do Leste europeu, partilham as dificuldades de Portugal ao nível do seu carácter periférico face à UE, mas estão num plano mais avançado em termos de formação.

«Para tratar um problema maior são precisos mais recursos», afirmou a ministra, em conferência de imprensa para apresentar a execução do terceiro Quadro Comunitário de Apoio (QCA III) no nosso país, sublinhando que «estamos disponíveis para discutir todos os cenários possíveis com a União Europeia».

«Portugal rejeita completamente que a leitura do nosso crescimento seja uma estatística para o que quer que seja», afirmou Elisa Ferreira.

A posição assumida pela ministra está relacionada com o facto de Portugal deixar de ser considerado uma região prioritária em termos de investimentos para recuperar atrasos estruturais face à média da UE, depois do seu alargamento a um conjunto de 27 países, que está previsto para os próximos anos.

Após o alargamento, o produto interno bruto (PIB) p«per capita» nacional deverá situar-se entre os 75% a 100% da média europeia, ultrapassando o intervalo de 35% a 75%, que é o principal critério da UE para definir as regiões que deverão receber as maiores parcelas dos fundos estruturais.

«Nenhum país aceita que só por ter ultrapassado a barreira dos 75% se julgue que todos os seus problemas foram resolvidos», defendeu Elisa Ferreira, considerando que «o facto de termos passado artificialmente de pobres a ricos não altera a situação real dos portugueses.

Referindo-se à distribuição dos fundos comunitários, Elisa Ferreira afirmou que «não se pode tratar um problema que é de coesão sem uma política que reforce essa coesão».

Elisa Ferreira sublinhou ainda que estas reivindicações não colocam em causa o apoio do Governo português ao alargamento da UE, recordando que também Portugal necessitou de apoio económico quando aderiu à União Europeia.

«Em termos políticos, a necessidade de alargamento é uma questão que não se chega a colocar», concluiu a mesma responsável.

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