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Governo paga 25 euros por tonelada de madeira queimada

Governo vai comprar madeira queimada aos produtores florestais afectados pelos incêndios que assolam o país há duas semanas, anunciou hoje o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Armando Sevinate Pinto.

13 de Agosto de 2003 às 19:00
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O Governo vai comprar madeira queimada aos produtores florestais afectados pelos incêndios que assolam o país há duas semanas, anunciou hoje o ministro da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, Armando Sevinate Pinto, segundo a agência Lusa.

O «preço de garantia» determinado por tonelada de madeira é de 25 euros e os pagamentos iniciar-se-ão dentro de 15 dias. A madeira será recebida em parques próprios em todo o território nacional.

O Governo está já a negociar com empresas dos sectores de pasta e celulose, cimentos e energia a revenda da madeira comprada. Com esta medida, destinada sobretudo aos produtores que não conseguirem colocar a madeira no mercado a preços mais favoráveis, Sevinate Pinto espera atacar a especulação de preços e garantir compensações para todos os lesados.

As madeiras desvalorizadas, com aproveitamento energético ou para trituração, deverão ter um diâmetro superior a sete centímetros. As madeiras e detritos sem qualquer utilidade, pelo seu calibre ou taxa de carbonização, serão deixados no terreno para protecção contra cheias e erosão.

A prioridade vai para a recepção de pinho, uma vez que é o tipo de madeira que se deteriora mais rapidamente. Dentro de «alguns meses», segundo o ministro, citado pela mesma fonte, inicia-se a recepção de eucaliptos e, no espaço de um ano, sobreiros e outras espécies.

A gestão dos parques ficará a cargo das associações de produtores e/ou autarquias, prestando o Estado apoio técnico e financeiro através das direcções regionais de agricultura e Direcção Geral de Florestas (DGF).

Para coordenar a operação, o ministério nomeou Francisco Oliveira Martins. Com esta medida, Armando Sevinate Pinto considera completa a primeira fase da Acção para a Redução das Consequências dos Incêndios (ARCI).

Hoje, começaram a ser pagos a criadores de gado subsídios para substituição de animais mortos e alimentação de animais sem pasto. Na segunda-feira, o ministro anunciou ainda um apoio à reposição do potencial produtivo (vedações, construções e infra-estruturas rurais, máquinas e equipamentos, plantações).

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