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Governo efectuou 2.373 nomeações em dois anos

O Governo liderado por José Sócrates já nomeou, pelo menos, 2.373 pessoas em dois anos de mandato. Este foi o total de nomeações que o “Diário de Notícias” conseguiu apurar após uma pesquisa aos despachos dos 54 membros do Executivo que foram publicados e

12 de Março de 2007 às 08:26
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O Governo liderado por José Sócrates já nomeou, pelo menos, 2.373 pessoas em dois anos de mandato. Este foi o total de nomeações que o "Diário de Notícias" conseguiu apurar após uma pesquisa aos despachos dos 54 membros do Executivo que foram publicados em Diário da República desde a tomada de posse, no dia 12 de Março de 2005, até à última sexta-feira. Contas feitas, pode concluir-se que este Governo efectuou 22,8 nomeações por semana ou 4,5 por cada dia útil, sem descontar os feriados.

O número de nomeações deste Executivo está, ainda assim, aquém, das 2.804 nomeações efectuadas pelo Governo de Durão Barroso nos dois primeiros anos de mandato. Ou seja, os socialistas recrutaram, em termos globais, menos 431 pessoas do que os governantes da coligação PSD/PP.

Analisando só as nomeações para os gabinetes, verifica-se que José Sócrates, os seus 16 ministros e 37 secretários de Estado nomearam 1.077 pessoas. Daqui pode concluir-se que este Executivo nomeou menos 63 pessoas para os gabinetes na primeira metade do mandato, já que Durão Barroso e os seus 18 ministros e 34 secretários de Estado tinham "recrutado" 1.140 pessoas para os respectivos gabinetes. O "campeão" das nomeações continua a ser, no entanto, o Governo de António Guterres, com um total de 2132 pessoas nomeadas para os gabinetes.

Convém referir, porém, que este número não foi obtido através de um levantamento do "DN" mas de dados divulgados na altura pela Secretaria de Estado da Administração Pública, e cuja metodologia pode ter sido diferente da utilizada pelo "DN" na contabilização das nomeações dos Governos liderados por Durão Barroso/Paulo Portas e José Sócrates.

Da pesquisa aos despachos publicados em Diário da República, conclui-se ainda que o actual Executivo nomeou, pelo menos, 1.296 pessoas para os mais variados cargos e funções em organismos da administração pública (AP). Este número está também, ainda assim, aquém das 1664 nomeações efectuadas pelo Governo de Durão Barroso e Paulo Portas nos dois primeiros anos de mandato.

Resumindo, constata-se que o Ministério de Correia de Campos foi o que mais nomeações fez até ao momento, em termos globais.

Segundo o "DN", das 1.077 nomeações para os gabinetes, 436 foram em comissão de serviço, 347 através da figura jurídica do destacamento (quase todos de organismos públicos) e 295 através de requisições (de serviços públicos e privados). Contas feitas, os 54 membros deste Governo têm quase 200 adjuntos, mais de 300 assessores/consultores/colaboradores, 280 auxiliares administrativos, 137 secretárias e 128 motoristas.

Estes números pecam, porém, por defeito, uma vez que, até sexta-feira, o "DN" só conseguiu contabilizar três nomeações do secretário de Estado da Defesa, João Mira Gomes, que só assumiu funções quando Severiano Teixeira substituiu Luís Amado na pasta da Defesa. Por outro lado, na Justiça, Alberto Costa e os seus dois secretários de Estado praticamente não têm administrativos contabilizados, uma situação que, a julgar pelos restantes membros do Governo, indicia que o número real será superior. O mesmo acontece com o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, que não apresenta qualquer auxiliar administrativo nesta contabilidade, ou o ministro da Saúde, que não tem motorista.

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