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Governo canaliza 47 milhões para incentivar investimento privado
O Governo vai aplicar 47 milhões de euros em três novos mecanismos financeiros para atrair os privados a investir no sector agro-florestal. O pacote de medidas, hoje apresentado por Jaime Silva, ministro da Agricultura, engloba um Fundo de Investimento Im
O Governo vai aplicar 47 milhões de euros em três novos mecanismos financeiros para atrair os privados a investir no sector agro-florestal. O pacote de medidas, hoje apresentado por Jaime Silva, ministro da Agricultura, engloba um Fundo de Investimento Imobiliário Florestal, uma Sociedade de Garantia Mútua e um Fundo de Capital de Risco.
Em conferência de imprensa hoje realizada em Lisboa, Jaime Silva defendeu que o conjunto de iniciativas agora proposto é um instrumento de engenharia financeira e «não se trata de viabilizar ou tirar da agonia empresas em situação irrecuperável».
Para «muito breve» irá avançar a subscrição do primeiro Fundo de Investimento Imobiliário Florestal (FIIF), cujos regulamentos se encontram em fase de aprovação. Com duração prevista de 10 anos, o FIIF, foi hoje explicado, será constituído com 20 milhões de euros, distribuído em 400 mil unidades de participação com valor unitário de 50 euros.
Neste caso, os destinatários são proprietários florestais que, em troca de unidades de participação, cedam o direito de utilização dos imóveis ao fundo. A participação do Estado no fundo será de 46%.
Um outro fundo, desta feita de capital de risco, está já operacional neste momento. Este Fundo para Investidores Qualificados (FIQ) denominado Agrocapital 1 terá uma dotação de 15 milhões de euros, dos quais 10,3 milhões de euros provenientes do programa AGRO e 4,16 milhões de euros do Grupo Crédito Agrícola.
Tendo como interlocutores as pequenas e médias empresas da área agro-florestal, o objectivo neste caso é desenvolver projectos empresarias, que visem metas como internacionalização, redimensionamento ou mesmo arranque de sociedades.
Finalmente, prevista para estar a operar ainda este ano, após aprovação do Banco de Portugal, está planeada a Sociedade de Garantia Mútua Agrogarante, cujo capital inicial é de seis milhões de euros.
Neste caso, a banca subscreveu 10%, a SPGM – Sociedade de Investimento 16,8%, as empresas mutualistas 26,5% (já 110 sociedades subscreveram capital) e o IFADAP 46,67%. Todos as pequenas e médias empresas do sector agro-florestal podem aderir a esta sociedade.