Outros sites Medialivre
Notícias em Destaque
Notícia

Governo apresenta em Janeiro novo conceito estratégico de cooperação

O Governo vai apresentar em Janeiro um novo conceito estratégico de cooperação portuguesa, que vai privilegiar os Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) e Timor-Leste, anunciou hoje o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros.

Sérgio Lemos/Correio da Manhã
08 de Novembro de 2013 às 22:05
  • 1
  • ...

"É uma resposta àquilo que é a nova realidade internacional. Temos objectivos muito claros a nível geográfico e sectorial. A nível geográfico, as nossas prioridades são os PALOP e Timor Leste. A nível sectorial, são a boa governação, os direitos humanos, que visam o fortalecimento destes Estados de direito, o reforço das instâncias democráticas e a capacitação institucional e administrativa", disse o secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação, Luís Campos Ferreira, durante uma audição no parlamento sobre o Orçamento do Estado para 2014.

 

O novo conceito pretende actualizar a proposta de 2005 e está a ser preparado com "contributos muito importantes, de agentes que trabalham nesta área", devendo ser apresentado em Janeiro de 2014, adiantou.

 

A audição do ministro de Estado e Negócios Estrangeiros e dos seus secretários de Estado pelas comissões parlamentares de Negócios Estrangeiros, de Assuntos Europeus e de Orçamento e Finanças, que se prolongou por quase quatro horas, terminou com um tom de crispação, com as bancadas da oposição a criticarem a postura dos secretários de Estado Campos Ferreira e José Cesário, responsável pelas Comunidades Portuguesas.

 

Campos Ferreira respondia a Helena Pinto (Bloco de Esquerda) sobre o conceito estratégico de cooperação portuguesa, ironizando que em 2005 o Bloco tinha melhores resultados eleitorais do que actualmente.

 

A crispação aumentou quando José Cesário, falando sobre o ensino da língua portuguesa no estrangeiro, garantiu que só agora os professores passaram a ser certificados, uma informação desmentida pelos deputados do PCP e do Bloco de Esquerda.

 

"Lamento a forma como este debate termina. Fica muito mal o Governo terminar este debate sobre uma matéria tão importante como o ensino de português no estrangeiro e sem responder" às perguntas dos deputados, criticou Helena Pinto, que antes perguntara a Campos Ferreira por que motivo se mostrara "tão enervado" quando o questionou sobre o conceito estratégico de cooperação portuguesa.

 

Também João Ramos, do PCP, ironizou, dirigindo-se a Campos Ferreira como "senhor ministro", para depois corrigir: "Desculpe, é secretário de Estado, parecia ministro, mas ainda não o é", disse, criticando a falta de resposta do Governo a muitas matérias, nomeadamente a redução do pessoal.

 

Paulo Pisco afirmou que o PS ficou "muito incomodado com o nível de sobranceria dos secretários de Estado", acrescentando que os deputados da oposição "quase que foram gozados" pelos secretários de Estado.

 

"A obrigação do parlamento é fiscalizar a actuação do Governo e a obrigação do Governo é responder com humildade", disse, recebendo como resposta do secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros um pedido de "públicas desculpas".

Ver comentários
Saber mais Timor Leste secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros e Cooperação Luís Campos Ferreira Orçamento do Estado diplomacia secretário de Estado dos Negócios Estrangeiros Rui Machete
Outras Notícias
Publicidade
C•Studio