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Governo recusa reativar centrais a carvão para dar resposta à crise energética

O ministro do Ambiente e da Ação Climática alertou, no Parlamento, para os custos elevados que implicaria a reativação das centrais a carvão. Segundo Duarte Cordeiro, a medida que levaria a um preço "absurdo" da energia e a uma maior dependência de um mercado, também ele, "dominado pela Rússia".

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08 de Abril de 2022 às 12:20
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O ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro, assegurou esta sexta-feira que a grande prioridade da pasta que tutela é dar resposta à atual crise energética. Para isso, defende uma aposta nas energias renováveis e uma diversificação de fornecedores de energia, recusando dar um passo atrás e reativar as centrais a carvão.

"No topo das nossas prioridades encontra-se a resposta à crise energética. Não queremos uma resposta qualquer, mas uma que acautele os limites do nosso ecossistema natural. Por isso, não pretendemos reativar as centrais a carvão, que tantos insistem que consideremos", disse no debate do Programa do Governo, na Assembleia da República.

Segundo o ministro, quem defende "uma economia dependente e de uma descarbonização adiada" não tem em conta o "preço absurdo que a eletricidade atingiria", dados os custos de produção das centrais a carvão "nem a falta de segurança que representaria a dependência de um mercado, o do carvão, dominado pela Rússia".

"A nossa resposta à crise energética assume, por isso, outros contornos", sinalizou Duarte Cordeiro. Primeiro, será necessário "negociar" mecanismos que permitam a Portugal "desligar o preço da eletricidade do gás natural" e, depois, "acelerar, sem diminuir os controlos ambientais, os preços de energias renováveis", sobretudo solar e eólica.

Para diminuir o impacto da crise energética nos consumidores, o ministro considera que é preciso criar "uma almofada para reduzir preço junto dos consumidores domésticos e industriais" e "reforçar a diversificação de fornecedores de produtos energéticos e aumentar as interligações, evitando a armadilha da dependência da Rússia e apostando na soberania e progressiva autonomia" de Portugal.

"Em suma, a nossa aposta em renováveis é sustentabilidade. Ao acelerar estes projetos, estamos a defender e salvaguardar o nosso país, os portugueses, a economia e a nossa indústria", concluiu.
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