Notícia
Futuro de Leão ainda por decidir. Ministros não chegam a consenso
Adiada pela terceira vez a votação para a nomeação do próximo diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade.
09 de Setembro de 2022 às 14:55
Os ministros das Finanças da zona euro não conseguiram novamente hoje consenso sobre a nomeação do próximo diretor executivo do Mecanismo Europeu de Estabilidade (MEE), cargo ao qual concorre João Leão, adiando a votação pela terceira vez.
A discussão estava na agenda da reunião do Conselho de Governadores do MEE, do qual fazem parte os ministros das Finanças da zona euro, que estiveram reunidos esta manhã para um encontro informal na cidade checa de Praga, no âmbito da presidência da República Checa do Conselho da União Europeia.
Pelo insucesso das consultas prévias à reunião de hoje do Eurogrupo para um consenso, o Conselho de Governadores do MEE nem se chegou a reunir para votar os dois nomes em cima da mesa para a liderança do Mecanismo, os ex-ministros das Finanças português João Leão e luxemburguês Pierre Gramegna, o que levou a um terceiro adiamento da votação, informaram fontes europeias.
As mesmas fontes precisaram que as posições continuam semelhantes às de julho, com Alemanha e França -- países com maior peso na votação -- apoiam, respetivamente, Gramegna e Leão.
Um destes nomes deverá substituir o alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do Mecanismo desde a sua criação, em 2012, e termina o seu mandato a 07 de outubro, pelo que a sucessão no MEE deveria acontecer a partir de 08 de outubro.
Falando em conferência de imprensa no final da reunião do Eurogrupo, o presidente do grupo informal dos ministros do euro, Paschal Donohoe, confirmou que "as consultas vão continuar".
"Irei convocar o Conselho de Governadores do MEE em breve para progredir neste trabalho. Estamos a trabalhar muito perto com os colegas nesta matéria e isso reflete a importância deste papel", adiantou o presidente do Eurogrupo.
Falando à entrada para o encontro, Fernando Medina, já tinha admitido uma "discussão delicada" sobre a nomeação do próximo diretor executivo do MEE, cargo ao qual concorre o ex-ministro João Leão, por existirem "diferentes sensibilidades" entre países.
Perante este novo adiamento da votação, o assunto deverá voltar a ser discutido à margem da reunião do Eurogrupo de início de outubro pelo Conselho de Governadores do MEE, o órgão máximo de tomada de decisões do organismo que é composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas do mecanismo, os países do euro, com a pasta das Finanças. Portugal está representado pelo ministro da tutela, Fernando Medina.
Para um candidato ser eleito como diretor executivo do mecanismo tem de ter um apoio de, pelo menos, 80% dos votos dos membros do MEE.
Portugal, por exemplo, tem um direito de voto de cerca de 2,5%, o que compara com o da Alemanha (26,9%) e de França (20,2%), estes com maior peso na votação e com poder de veto.
O diretor executivo do MEE é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo, atuando como representante legal da organização e presidindo ao Conselho de Administração, sendo os seus mandatos de cinco anos e podendo ser renovados apenas uma vez.
Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.
No anterior Governo, João Leão assumiu a pasta das Finanças, depois de ter sido secretário de Estado do Orçamento, entre 2015 e 2019.
A discussão estava na agenda da reunião do Conselho de Governadores do MEE, do qual fazem parte os ministros das Finanças da zona euro, que estiveram reunidos esta manhã para um encontro informal na cidade checa de Praga, no âmbito da presidência da República Checa do Conselho da União Europeia.
As mesmas fontes precisaram que as posições continuam semelhantes às de julho, com Alemanha e França -- países com maior peso na votação -- apoiam, respetivamente, Gramegna e Leão.
Um destes nomes deverá substituir o alemão Klaus Regling, que é diretor executivo do Mecanismo desde a sua criação, em 2012, e termina o seu mandato a 07 de outubro, pelo que a sucessão no MEE deveria acontecer a partir de 08 de outubro.
Falando em conferência de imprensa no final da reunião do Eurogrupo, o presidente do grupo informal dos ministros do euro, Paschal Donohoe, confirmou que "as consultas vão continuar".
"Irei convocar o Conselho de Governadores do MEE em breve para progredir neste trabalho. Estamos a trabalhar muito perto com os colegas nesta matéria e isso reflete a importância deste papel", adiantou o presidente do Eurogrupo.
Falando à entrada para o encontro, Fernando Medina, já tinha admitido uma "discussão delicada" sobre a nomeação do próximo diretor executivo do MEE, cargo ao qual concorre o ex-ministro João Leão, por existirem "diferentes sensibilidades" entre países.
Perante este novo adiamento da votação, o assunto deverá voltar a ser discutido à margem da reunião do Eurogrupo de início de outubro pelo Conselho de Governadores do MEE, o órgão máximo de tomada de decisões do organismo que é composto por representantes governamentais de cada um dos 19 acionistas do mecanismo, os países do euro, com a pasta das Finanças. Portugal está representado pelo ministro da tutela, Fernando Medina.
Para um candidato ser eleito como diretor executivo do mecanismo tem de ter um apoio de, pelo menos, 80% dos votos dos membros do MEE.
Portugal, por exemplo, tem um direito de voto de cerca de 2,5%, o que compara com o da Alemanha (26,9%) e de França (20,2%), estes com maior peso na votação e com poder de veto.
O diretor executivo do MEE é responsável por conduzir os trabalhos do mecanismo, atuando como representante legal da organização e presidindo ao Conselho de Administração, sendo os seus mandatos de cinco anos e podendo ser renovados apenas uma vez.
Sediado no Luxemburgo, o MEE é uma organização intergovernamental criada pelos Estados-membros da zona euro para evitar e superar crises financeiras e manter a estabilidade financeira e a prosperidade a longo prazo, concedendo empréstimos e outros tipos de assistência financeira aos países em graves dificuldades financeiras.
No anterior Governo, João Leão assumiu a pasta das Finanças, depois de ter sido secretário de Estado do Orçamento, entre 2015 e 2019.