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Fundos de pensões regressam às rendibilidades negativas em Julho
Os fundos de pensões portugueses registaram uma rendibilidade negativa de 0,2% em Julho, de acordo com as estimativas de resultados da Mercer Consulting. O principal factor explicativo é o aumento do preço dos bens energéticos, nomeadamente o petróleo.
Os fundos de pensões portugueses registaram uma rendibilidade negativa de 0,2% em Julho, de acordo com as estimativas de resultados da Mercer Consulting. O principal factor explicativo é o aumento do preço dos bens energéticos, nomeadamente o petróleo.
Esta matéria-prima atingiu o máximo dos últimos 21 anos devido às ameaças do governo russo de encerrar as portas de uma das principais empresas de petróleo do país, a Yukos.
Neste momento, a Rússia responde actualmente por um quarto da produção mundial de petróleo e só esta empresa produz cerca de 1,7 milhões de barris diários, o equivalente à produção total do México ou do Iraque.
A consequência das evoluções ascendentes do custo do petróleo é o aumento dos preços, ou seja, da inflação, passando a ser um «motivo de preocupação para os investidores e os bancos centrais», refere o comunicado da Mercer. Este pessimismo tornou-se evidente quando «o abrandamento do crescimento económico nos Estados Unidos passou a ser um dado adquirido».
Os mercados accionistas registaram desvalorizações na ordem dos 2% no mês, com os mercados europeus a serem menos penalizados que os restantes. Nos mercados obrigacionistas, o desempenho foi positivo, com a taxa fixa a obter 0,9% de valorização, diz a consultora, classificando esta classe como a que teve o melhor desempenho.
Em termos globais, os fundos de pensões portugueses detêm uma alocação de 26% a acções e 64% em obrigações e liquidez. As classes de Hedge Funds e Imobiliário têm uma alocação de aproximadamente 5% cada.