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Fortuna colossal de Kadhafi passa pelo Financial Times e pela Juventus

Fundo de investimentos criado com a receita da venda do petróleo do país está avaliado em 70 mil milhões de dólares e tem negócios espalhados por diversos países no mundo

23 de Fevereiro de 2011 às 12:22
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Muito petróleo, corrupção e opressão: esta terá sido a receita que levou a que Muammar Kadhafi tenha conseguido criar um fundo de investimentos avaliado em 70 mil milhões de dólares e que hoje tem tentáculos em todos os sectores e regiões do mundo.

A eventual queda do ditador poderá, portanto, fazer tremer dezenas de empresas em todos os continentes.

Segundo um levantamento hoje publicado no “Estado de São Paulo”, a Autoridade de Investimentos da Líbia, considerada como uma empresa da família Kadhafi, comprou, em 2010, 3% das acções da Pearson, empresa que controla o “Financial Times”.


Ainda no Reino Unido, Kadhafi terá pago mais de 200 milhões de dólares para ficar dono do Portman House, edifício famoso da Oxford Street.

Nos EUA, o Grupo Carlyle é um dos principais parceiros do fundo de Kadhafi. Na Áustria, comprou 10% da maior fabricante de tijolos do mundo, a Wienerberger.

Em Itália, a presença de Kadhafi é ainda mais impressionante, escreve o “Estadão” que lembra que, como ex-colónia italiana, a Líbia tem ajudado várias empresas italianas. “Em pelo menos três ocasiões, salvou a Fiat de graves problemas financeiros. A última vez foi em 2002, quando Kadhafi comprou 2% da empresa”.


“Os líbios detêm 7,5% do UniCredit, um dos maiores bancos da Itália, além de 2% no principal grupo industrial de armamento, Finmeccanica”, ilustra o jornal que refere ainda a participação, de 7,5%, no capital da Juventus – aquisição que terá ajudado a que um dos filhos de Kadhafi “fosse escalado para algumas partidas como jogador”.

Em África, os investimentos do fundo líbio concentram-se nas telecomunicações e no sector energético, sendo dono de 24% da empresa Circle Oil, responsável pela exploração de gás no Egipto, Marrocos, Namíbia, Omã e Tunísia.

No Brasil, acrescenta o jornal citando fontes Câmara Brasil-Países Árabes, os responsáveis pelo fundo procuram terras e afirmam que teriam 500 milhões de dólares para esse fim.

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