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FMI: "Seria um erro" achar que já estamos a salvo da crise
"Penso que seria um erro olhar para o presente estado dos sistemas financeiros e o melhor ambiente nos mercados financeiros nas últimas semanas e concluir que estamos a salvo. Não estamos", disse José Viñals.
03 de Fevereiro de 2012 às 13:23
O director do Departamento de Mercados Monetários e de Capitais, José Viñals, afirmou hoje que é um erro pensar-se que os problemas já passaram devido à recente melhoria nos mercados financeiros e diz que o epicentro da crise continua na zona euro.
"Penso que seria um erro olhar para o presente estado dos sistemas financeiros e o melhor ambiente nos mercados financeiros nas últimas semanas e concluir que estamos a salvo. Não estamos", ressalvou o responsável, que falava durante uma conferência promovida pela Associação Portuguesa de Bancos em Lisboa.
José Viñals sublinhou ainda que o "epicentro dos problemas continua a ser a zona euro" e alertou para os riscos de contágio para outras regiões, como já o havia feito na última actualização do World Economic Outlook e do Global Financial Stability Report em Washington, no final de Janeiro.
O responsável considerou ainda que foram feitos bons progressos para assegurar a estabilidade do sistema bancário e do sistema financeiro, mas alertou para diversos problemas e sectores que necessitam de acção urgente.
Entre as questões mais complicadas que aponta, está o facto dos bancos considerados "Too Big To Fail" ou demasiado grandes para falir. José Viñals considera que estes bancos são agora um problema mais bicudo precisamente por consequência da crise, que levou à consolidação na banca, tornando através de fusões e aquisições estes bancos ainda maiores.
"Estes bancos são agora mais difíceis de tratar que antes da crise porque houve demasiadas fusões. (...) As instituições não podem ser demasiado importantes para falhar ou demasiado complexas para serem resolvidas. Temos de fazer com que o sistema bancário seja seguro, mas também o sistema financeiro, também os não bancos", disse ainda.
José Viñals apontou ainda o mercado de derivados como um grande problema a resolver, lembrando os casos do Lehman Brothers e da AIG, para explicar que nestes mercados existe sempre mais que uma parte e que um falhanço numa delas, pode provocar danos noutra ou mesmo criar um efeito dominó que pode arrasar o mercado.
"Penso que seria um erro olhar para o presente estado dos sistemas financeiros e o melhor ambiente nos mercados financeiros nas últimas semanas e concluir que estamos a salvo. Não estamos", ressalvou o responsável, que falava durante uma conferência promovida pela Associação Portuguesa de Bancos em Lisboa.
O responsável considerou ainda que foram feitos bons progressos para assegurar a estabilidade do sistema bancário e do sistema financeiro, mas alertou para diversos problemas e sectores que necessitam de acção urgente.
Entre as questões mais complicadas que aponta, está o facto dos bancos considerados "Too Big To Fail" ou demasiado grandes para falir. José Viñals considera que estes bancos são agora um problema mais bicudo precisamente por consequência da crise, que levou à consolidação na banca, tornando através de fusões e aquisições estes bancos ainda maiores.
"Estes bancos são agora mais difíceis de tratar que antes da crise porque houve demasiadas fusões. (...) As instituições não podem ser demasiado importantes para falhar ou demasiado complexas para serem resolvidas. Temos de fazer com que o sistema bancário seja seguro, mas também o sistema financeiro, também os não bancos", disse ainda.
José Viñals apontou ainda o mercado de derivados como um grande problema a resolver, lembrando os casos do Lehman Brothers e da AIG, para explicar que nestes mercados existe sempre mais que uma parte e que um falhanço numa delas, pode provocar danos noutra ou mesmo criar um efeito dominó que pode arrasar o mercado.