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FMI pede reformas mais profundas a Espanha

O governo de Zapatero está a implementar os maiores cortes orçamentais das últimas três décadas, contudo o FMI exige mais, recomendando uma descida dos custos dos despedimentos.

21 de Junho de 2011 às 19:41
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Segundo o relatório anual do FMI sobre a Espanha, as medidas já tomadas pelo país em resposta às dificuldades económicas e financeiras são fortes e conduziram Espanha para o caminho certo, porém existem alguns riscos que têm de ser tidos em conta e é necessário implementar reformas que aumentem a credibilidade do país.

O “El País” noticia que o Fundo impõe alterações estruturais que passam obrigatoriamente por uma maior redução dos custos de despedimentos, e lembra que os salários não podem aumentar à velocidade de crescimento da inflação.

A receita do FMI para Espanha no mercado de trabalho replica a já exigida ao Governo português, que no âmbito do pedido de ajuda externa, comprometeu-se já a reduzir as indemnizações pagas aos trabalhadores despedidos.

A entidade pede reformas laborais corajosas que reduzam a taxa de desemprego (21%) e a impeça de voltar a atingir os valores actuais. Segundo a agência noticiosa Bloomberg, o Fundo diz que “a economia está a recuperar gradualmente” mas avisa que “o desemprego é inaceitavelmente alto” e os desempregados precisam de melhorar as suas perspectivas sobre o mercado de trabalho e isto só será possível com medidas radicais que mudem a política laboral.

O FMI espera uma recuperação a partir das exportações equivalente a um crescimento gradual do PIB entre 1,5% a 2%. Este aumento tem que ser progressivo de forma a “ser possível gerir os desequilíbrios” económicos e laborais que Espanha enfrenta. Contudo pondera ser possível que o sistema financeiro piore dadas as preocupações do mercado com os problemas que se têm vindo a verificar na zona Euro.

O governo de José Rodríguez Zapatero prometeu um corte do défice de 3,3 pontos percentuais do PIB para 6% neste ano, e para 3% em 2013. Para atingir estas metas o executivo já iniciou cortes no sector público, congelou as pensões, reduziu os custos de despedimento na sua legislação o ano passado e aprovou também uma lei de novas negociações salariais a 10 de Junho de 2011.

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