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Fitch: "Espanha vai falhar metas do défice em 2012 e 2013"

"Espanha vai falhar, por uma margem significativa, as metas do défice definidas para este ano e para 2013." A previsão é do director-geral da Fitch. Ed Parker alerta ainda para a possibilidade dos ratings da Zona Euro poderem ser todos revistos em baixa.

12 de Junho de 2012 às 13:59
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Numa conferência em Oslo, Ed Parker afirmou que Espanha deverá falhar por uma "margem significativa" as metas do défice definidas para 2012 e 2013.

Espanha comprometeu-se com Bruxelas a atingir um défice orçamental de 5,3% este ano e de 3% em 2013. No entanto, as últimas previsões da Comissão Europeia indicam que o défice espanhol poderá superar largamente estas previsões e atingir os 6,4% em 2012 e os 6,3% no próximo ano.

Recorde-se que o défice orçamental de 2011 foi revisto em alta de 6% para 8,5% do PIB, levando o primeiro-ministro Mariano Rajoy a assumir que seria uma "loucura" manter a trajectória de consolidação orçamental projectada pelo anterior Governo. No início de Maio, Rajoy tentou negociar com Bruxelas uma revisão em alta do défice de 2012 de 4,4% para 5,8%.

A Comissão Europeia não gostou da atitude de Espanha mas acabou por chegar a uma solução de compromisso que prevê um défice de 5,3% em 2012 e que admite adiar a meta de 3% do PIB de 2013 para 2014.

Ratings da Zona Euro em risco de serem revistos em baixa

Ed Parker admitiu esta manhã que os ratings dos países da Zona Euro – mesmo os que têm classificação máxima (Alemanha, Luxemburgo, Finlândia e Holanda) – podem ser revistos em baixa devido ao agravamento da crise da dívida na região.

"Se não existir uma luz ao fundo do túnel, o risco de desmembramento da Zona Euro vai aumentar", disse o responsável da agência de rating, que acusou os políticos europeus de não conseguirem mostrar que conseguem acabar com a crise que a região atravessa.

A principal preocupação, referiu Parker, é o risco de contágio caso a Grécia abandone a Zona Euro.

Parker falou ainda sobre a situação italiana e considerou "improvável" que o país necessite de ajuda externa. "A Itália está muito perto de alcançar uma situação macroeconómica sustentável. Tem, actualmente, um défice orçamental pequeno, um défice da conta corrente muito menor e não tem os problemas que Espanha tem no sector bancário", sublinhou o responsável da Fitch.

A Comissão Europeia estima que Itália vai alcançar um défice orçamental de 2% ainda este ano (para Espanha, as previsões de Bruxelas apontam para um défice de 6,4%) mas a dívida pública deverá atingir 124% do PIB (80,9% em Espanha).
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