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Finanças, escolas, tribunais deverão encerrar devido a paralisação

A greve de hoje da Função Pública deverá causar o encerramento de tesourarias e repartições de finanças, tribunais, escolas, consultas hospitalares e serviços municipais.A greve teve início antes das zero horas de hoje na área dos serviços de higiene públ

30 de Novembro de 2007 às 07:57
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A greve de hoje da Função Pública deverá causar o encerramento de tesourarias e repartições de finanças, tribunais, escolas, consultas hospitalares e serviços municipais.A greve teve início antes das zero horas de hoje na área dos serviços de higiene pública, devido à estrutura do trabalho por turnos.

A adesão dos trabalhadores dos serviços de higiene urbana e de saneamento à greve da função pública registava, às 23:00 de quinta-feira, índices de cem por cento em mais de dez concelhos, informou o presidente do Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local (STAL).

Segundo o responsável do STAL, Francisco Brás, os turnos nocturnos de recolha de lixo e limpeza de ruas não arrancaram pelo menos em Sintra, Amadora, Coimbra, Loures, Mourão, Vendas Novas, Arraiolos, Évora, Montemor e Almada, enquanto a adesão em Ponta Delgada e Braga rondava, à mesma hora, os 95 por cento.

As estruturas sindicais que convocaram o protesto estão optimistas quanto à adesão à paralisação, tendo em conta os muitos plenários e reuniões feitas com os trabalhadores.O líder da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP-IN), Carvalho da Silva, acredita que a greve da função pública de hoje vai ter uma "enorme adesão" e poderá "iluminar" o Governo para seguir políticas salariais mais justas.

Presente na quinta-feira à noite no arranque da greve dos funcionários das Oficinas Municipais de Loures, onde responsáveis pela recolha de lixo se reuniram em piquete de greve, Manuel Carvalho da Silva afirmou que os trabalhadores portugueses estão a "servir de bode expiatório" à actuação do Executivo de José Sócrates, que, no seu entender, não tem cumprido as suas promessas e tem vindo a "fugir" das suas responsabilidades.

"Esta greve interessa não só aos trabalhadores da função pública mas a todos os trabalhadores do país. Há uma aceitação da razão da luta generalizada", defendeu o sindicalista, sublinhando que os funcionários públicos perderam "um décimo do valor real dos salários em sete, oito anos".

Por seu turno, o secretário de Estado da Administração Pública, João Figueiredo, garantiu que não são feitas pressões na função pública para saber antecipadamente quem vai aderir à greve.

João Figueiredo disse aos jornalistas que nunca sentiu, ao longo de cerca de 30 anos, que no interior da Administração Pública existissem pressões para saber se alguém vai fazer greve e nunca teve conhecimento de qualquer relato nesse sentido.

"O Governo aguarda com tranquilidade o resultado da adesão à greve", afirmou o governante, acrescentando que será impossível apresentar dados globais da paralisação no início do dia.

Segundo João Figueiredo, só no final do dia poderão ser apresentados dados globais da greve, "com maior rigor".A Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública (CGTP), a Frente Sindical da Administração Pública (UGT) e o sindicato dos Quadros Técnicos do Estado (UGT) marcaram esta greve conjunta "contra a intransigência do Governo nas negociações salariais".

Os sindicatos queixam-se nomeadamente de a equipa negocial do Ministério das Finanças ter iniciado o processo com uma proposta de aumentos salariais de 2,1 por cento e de ter encerrado as negociações com o mesmo valor.

A última greve convocada pelas três estruturas sindicais realizou-se a 09 e 10 de Novembro de 2006 contra o aumento salarial de 1,5 por cento que o Governo decidiu aplicar, apesar de a inflação prevista nessa altura ser de 2,1 por cento.

A greve de hoje conta com a adesão do Sindicato Independente dos médicos e do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos.

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