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Fed sobe juros para 5% e deixa em aberto novos aumentos

A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos decidiu subir a taxa de juro em 25 pontos base para os 5% e deixou em aberto novas subidas de juro, justificando com o facto de haver alguns riscos inflacionistas que podem precisar de ser controlados.

10 de Maio de 2006 às 19:52
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A Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos decidiu subir a taxa de juro em 25 pontos base para os 5% e deixou em aberto novas subidas de juro, justificando com o facto de haver alguns riscos inflacionistas que podem precisar de ser controlados.

Tal como o mercado anteviu, a Fed aumentou pela décima sexta vez consecutiva a taxa de juro de referência para os EUA dos 4,75% para os 5%, a série de subidas mais agressiva desde 1970, que colocou o preço do dinheiro no valor mais elevado desde Março de 2001. O que contrariou de alguma forma as expectativas do mercado foi o discurso dos responsáveis que deixa em aberto novas subidas de juros.

«Um novo aperto na politica monetária pode ser necessário para controlar os riscos da inflação», diz o comunicado emitido após a reunião do comité da Fed citado pela Bloomberg, indicando que mais aumentos deverão surgir no futuro.

«A extensão e o momento de qualquer aperto vai depender essencialmente da evolução das previsões económicas» o que será avaliado pelas informações que serão divulgadas entretanto.

«O crescimento económico tem sido bastante forte este ano até agora», de acordo com o mesmo comunicado. «Possíveis aumentos da utilizações dos recursos [aumento do consumo das famílias], conjugado com os elevados preços da energia e de outras ‘commodities’, têm o potencial de aumentar as pressões inflacionistas».

O presidente da Fed, Ben Bernanke, está a tentar controlar os riscos para a inflação dos EUA, que tem sido impulsionada pela subida dos preços da energia.

Os responsáveis pela política monetária têm vindo a subir os juros, numa altura em que a economia dos EUA tem mostrado sinais de fortalecimento e em que a inflação no país está 3,4% mais elevada do que no ano passado, segundo os dados referentes a Março.

Segundo a Bloomberg, a decisão de subir os juros na reunião de hoje foi unânime e o comunicado acrescenta que a Fed « vai responder às alterações das perspectivas económicas assim que for necessário».

Apesar do discurso da Fed ter surpreendido o mercado, o euro [eur] voltou a renovar o valor mais elevado do último ano, nos 1,2833 dólares.

No ano passado, e pela primeira vez em quatro anos, a moeda norte-americana valorizou frente ao euro impulsionada pelas subidas de juro praticadas pela Fed.

A justificação para o dólar ter subido, com base no aumento de juros, é de que quanto maiores forem juros, maior será o retorno dos investimentos denominados em determinada moeda.

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