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Fed reduz taxa de juro dos EUA para 4,5% (act.)
A Reserva Federal (Fed) dos EUA decidiu reduzir a taxa de juro de referência para o país para os 4,5%. A redução de juros surge numa altura em que a autoridade monetária está a tentar que a crise no sector imobiliário não provoque uma recessão na economia
A Reserva Federal (Fed) dos EUA decidiu reduzir a taxa de juro de referência para o país para os 4,5%. A redução de juros surge numa altura em que a autoridade monetária está a tentar que a crise no sector imobiliário não provoque uma recessão na economia norte-americana.
"A medida de hoje, combinada com a medida tomada em Setembro, deverá ajudar a prevenir alguns efeitos adversos na economia que podem, de outra forma, surgir" dos problemas dos mercados financeiros, defendeu hoje o comité da Fed, citado pela Bloomberg.
Os responsáveis adiantam que a decisão de hoje deverá fazer com que os riscos inflacionistas sejam compensados pelos riscos de crescimento económico.
Este é o segundo corte de juros consecutivo. Na última reunião, que decorreu a 18 de Setembro, a Fed desceu os juros de 5,25% para os 4,75%, depois da crise de crédito se ter instalado nos mercados, provocado fortes descidas nos índices bolsistas e quedas dos resultados do sector bancário. Esta crise aumentou os receios de que a economia dos EUA entrasse em recessão, o que levou a autoridade monetária a cortar os juros.
Hoje, os governadores da Fed decidiram voltar a descer o preço do dinheiro para o EUA, uma decisão que já estava a ser antecipada pelo mercado.
Contudo, os dados económicos hoje divulgados nos EUA diminuíram as preocupações do mercado. Foi hoje anunciado que o ritmo de crescimento económico norte-americano acelerou no terceiro trimestre, ao contrário do esperado. O PIB dos EUA cresceu a um ritmo anual de 3,9% no trimestre, o que corresponde ao maior crescimento desde o primeiro trimestre de 2006.
"O crescimento económico foi sólido no terceiro trimestre" e os problemas "nos mercados financeiros amenizaram", adiantaram os responsáveis após a reunião de hoje.
A autoridade monetária, liderada por Ben Bernanke, advertiu contudo que "o ritmo de expansão económica deve abrandar no curto prazo, reflectindo, parcialmente, a correcção do mercado imobiliário".