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Fed preocupada com os riscos inflacionistas

Os responsáveis da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos consideram que "riscos substanciais" para a inflação podem não ter cedido como o esperado e salientam que a autoridade monetária tem de assegurar que a inflação abranda, revelam as minutas da últ

11 de Outubro de 2006 às 19:38
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Os responsáveis da Reserva Federal (Fed) dos Estados Unidos consideram que "riscos substanciais" para a inflação podem não ter cedido como o esperado e salientam que a autoridade monetária tem de assegurar que a inflação abranda, revelam as minutas da última reunião. Estas declarações deixam em aberto a possibilidade de novas subidas de juro.

Os números recentes da taxa de inflação "core", que exclui a energia e a alimentação, "se persistirem, são considerados mais elevados do que o coerente com a estabilidade de preços", de acordo com as minutas referentes à reunião de 20 de Setembro, citadas pela Bloomberg. Os responsáveis da Fed têm consciência "da importância de assegurar a moderação da inflação".

"Os agentes económicos continuam a ver riscos substanciais de que a inflação não vai diminuir tal como antecipado", acrescenta a Fed.

De acordo com a Bloomberg, as minutas denotam que os responsáveis pela autoridade monetária norte-americana estão menos preocupados com os riscos relacionados com a deterioração do crescimento da economia, que não se têm agravado.

Os responsáveis estão agora a expressar mais preocupação com a sua credibilidade, que consideram estar em causa se a inflação permanecer "mais elevada do que o consistente com a estabilidade de preços".

"Muitos agentes económicos estão a demonstrar preocupação em relação à possibilidade das expectativas da inflação aumentar" e a "vontade da Fed em levar à avante a intenção de preservar a estabilidade de preços pode ser posta em questão se os custos e a pressão dos preços se acumularem", adiantam as minutas.

A credibilidade pode ser danificada "mesmo que não haja uma moderação da inflação core" face aos níveis actuais.

A Fed decidiu manter a taxa de juro inalterada nos 5,25% nas últimas duas reuniões, depois de vários indicadores terem apontado para um abrandamento do crescimento económico. Para além desta questão, havia expectativas de que a inflação pudesse abrandar, o que também contribuiu para a autoridade monetária optar por uma manutenção dos juros.

Estas declarações deixaram em aberto a possibilidade de novos aumentos de juros nos Estados Unidos.

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