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Expectativas sobre inflação na Zona Euro registam queda "significativa" em abril
A última sondagem do BCE revela que as expectativas sobre a inflação para os próximos 12 meses deslizaram de 5% em março para 4,1%. Em matéria de rendimentos, os inquiridos esperam por um crescimento de 1,1% nos próximos 12 meses, mais lento do que a subida de 1,3% apontada pela sondagem de março.
As expectativas sobre inflação nos próximos 12 meses na Zona Euro caíram "significativamente" de 5% em março para 4,1%, revela a mais recente sondagem do Banco Central Europeu (BCE), publicada esta terça-feira. O movimento ocorre após uma subida "significativa" em março.
Também num horizonte a três anos, observa-se uma queda das expectativas, de 2,9% em março para 2,5% em abril. Já a mediana relativa à perceção da inflação nos últimos 12 meses diminuiu de 9,9% em março para 8,9% em abril.
Entre as faixas etárias, os entrevistados mais jovens (entre os 18 e 34 anos) continuam a ser os mais otimistas, enquanto os inquiridos mais velhos (entre os 55 e 70 anos) apontam para uma subida mais elevada dos preços.
A inflação na Zona Euro abrandou para 6,1% em maio, segundo a estimativa rápida do Eurostat revelada a semana passada. O novo alívio surge depois de os preços no consumidor terem invertido em abril a tendência decrescente que se verificava há cinco meses consecutivos e é explicado pelo abrandamento da subida de preços na energia e alimentos.
Perceção sobre restrição no crédito para a casa aumenta
No que diz respeito à habitação, a sondagem revela que os inquiridos apontam para um crescimento do preço das casas de 2,2% nos próximos 12 meses, uma queda face aos 2,7% em março e que foi comum em todas as faixas etárias e níveis de rendimentos.
As expectativas relativas aos juros do crédito à habitação caíram para 5% em abril. Já olhando para trás, abril foi marcado por uma perceção de uma maior restrição no crédito à habitação.
A percentagem de consumidores que declararam ter pedido um empréstimos nos últimos três meses (esta questão é solicitada apenas trimestralmente) diminuiu para 13,4% em abril, face a 13,6% em janeiro de 2023. O BCE refere que neste período houve uma queda do número de pedidos de empréstimo pelos mais jovens, os quais foram quase compensados pelo números de solicitações feitas aos bancos pelas gerações mais velhas.
Em matéria de rendimentos, os inquiridos esperam por um crescimento de 1,1% nos próximos 12 meses, mais lento do que a subida de 1,3% apontada pela sondagem de março.
No que toca à evolução da economia, os entrevistados estão menos pessimistas, porém não otimistas, com a expectativas de crescimento para os próximos 12 meses a situarem-se numa contração de 0,8%, abaixo dos 1% apurados em março.
Em consonância com as expectativas sobre crescimento económico, as expectativas para a taxa de desemprego a 12 meses diminuíram para 11,2% em abril, face aos 11,7% registados em março.